O caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, que está foragido no México, há mais de um mês, afirmou que não cogita voltar ao Brasil enquanto sua situação de prisão não for resolvida.
Nesta terça-feira (12), em entrevista ao portal “Metrópoles”, o caminhoneiro disse que passará o resto de sua vida foragido caso tenha que pedir perdão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Se me falarem: ‘Você só volta para o Brasil se fizer uma carta pedindo perdão para o ministro Alexandre de Moraes do STF’, então vou passar o resto da minha vida fora do Brasil”, disse ele.
Assim como publicou o Brasil123, Zé Trovão teve a prisão solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinada por Alexandre de Moraes no início de setembro.
O pedido aconteceu porque ele é acusado de ter promovido a incitação de atos violentos contra o Congresso Nacional e também contra o STF por meio das redes sociais. Além disso, ele também teria descumprido ordens cautelares determinadas anteriormente pelo ministro.
Durante a entrevista, Zé Trovão afirmou que seus defensores já fizeram “mais de dez pedidos” contra sua prisão. Todavia, todos foram negados por Alexandre de Moraes. “Voltar ao Brasil para ser preso está fora de cogitação. Não sou criminoso”, afirmou.
“Perdão a gente pede quando está errado. Sou um homem que não se arrepende do que faz. Eu posso pagar um alto preço, mas não retiro o que disse”, disse na entrevista, afirmando que “talvez o tom” de suas palavras “tenha sido equivocado, mas não as críticas para Moraes”.
Ao portal, ele também comentou o recuo de Bolsonaro, que divulgou uma carta se retratando por suas falas durante o ato de 7 de Setembro. “Não é qualquer um que volta atrás, não. Ele fez duras críticas e depois defendeu a harmonia entre os Poderes. Perfeito. É isso o que eu mais quero. Não adianta só um lado ceder. Precisamos que os Poderes recuem e façam seu papel. Me parece que está começando a surgir isso”, afirmou.
Por fim, o caminhoneiro ainda afirmou que tem “plena convicção” de que Bolsonaro sabe o que está fazendo e que não se incomoda com o fato de o presidente nunca ter feito um gesto de solidariedade a ele.
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