A Black Friday deverá movimentar R$ 3,93 bilhões em 2021. É o que apontam as projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Dessa forma, a previsão é que 2020 marque o ano de maior faturamento desde que a data passou a fazer parte do calendário do varejo nacional.
Em suma, a estimativa aponta um aumento de 3,8% na comparação com 2020, quando a data movimentou R$ 3,79 bilhões. No entanto, havendo o desconto da inflação e considerando o crescimento real das vendas, haverá um forte recuo de 6,5% em relação ao ano passado.
A saber, essa será a primeira vez em cinco anos que a data registrará um volume de vendas menor que o do ano anterior. E isso deve ocorrer principalmente devido à inflação no país, que está em 10,67% nos últimos 12 meses. Aliás, a meta do Banco Central para a taxa neste ano era de 3,75%.
A CNC destaca o e-commerce brasileiro como o principal fator para o acréscimo do faturamento, apesar do recuo no volume de vendas. Em resumo, o segmento tinha um crescimento anual de 14,1% antes da pandemia da Covid-19.
Contudo, desde o início da crise sanitária, com a redução expressiva na circulação das pessoas, essa taxa disparou para 46,2%, segundo um levantamento considerando notas fiscais eletrônicas computadas pela Receita Federal.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que as expectativas para a Black Friday neste ano são positivas. “A facilidade de comparação de preços on-line, em um evento caracterizado pelo forte apelo às promoções, incentiva a competitividade e influencia o aumento expressivo da data no calendário do varejo”, disse Tadros.
Móveis e eletrodomésticos devem se destacar na data
De acordo com o levantamento, as vendas de móveis e eletrodomésticos devem gerar um faturamento de R$ 1,105 bilhão.
Em seguida, ficam os eletroeletrônicos e utilidades domésticas, gerando uma receita de R$ 906,57 milhões. A saber, os dois segmentos devem responder por 51,2% de toda a movimentação financeira prevista na Black Friday.
A CNC também destacou os segmentos de hiper e supermercados (R$ 779,09 milhões) e vestuário, calçados e acessórios (R$ 693,12 milhões).
Por fim, vale mencionar que a Black Friday já é a quinta data mais importante para o varejo do país. Em resumo, ela fica atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
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