O Natal deverá movimentar R$ 57,48 bilhões em 2021. Pelo menos é o que apontam as projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A saber, esse faturamento supera em 9,8% o valor registrado em 2020. No entanto, com o desconto da inflação, o montante ficará 2,6% menor que o do ano passado.
De acordo com a CNC, será o segundo ano consecutivo de queda no volume de vendas de Natal. Aliás, esta é a data comemorativa mais importante para o varejo do país. E o principal destaque deste ano será o ramo de hiper e supermercados, que deverá movimentar 38,5% de toda a movimentação financeira (R$ 22,11 bilhões).
A CNC revelou que os estabelecimentos que comercializam roupas, calçados e acessórios também movimentaram um valor expressivo no Natal de 2021 (R$ 20,28 bilhões ou 35,3% do total). Já as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico concentrarão 13,2% do total ou R$ 7,60 bilhões.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que o comércio de alimentos sempre apresenta um faturamento expressivo no varejo brasileiro durante todo o ano.
“Historicamente, é o principal responsável pela geração de receitas do segmento. O ramo do vestuário aparece em seguida por ser o mais impactado pela data, apresentando, em média, crescimento de 89% nas vendas, na passagem de novembro para dezembro”, disse Tadros.
Importações de produtos natalinos devem saltar neste ano
Além disso, a CNC revelou que as importações de produtos típicos do Natal entre setembro e novembro saltaram 19% na comparação com o mesmo período de 2020. Assim, passaram de US$ 367,2 milhões para US$ 436,1 milhões. Estes dados são da Secretaria de Comércio Exterior. Aliás, vale destacar que a taxa média de câmbio ficou em R$ 5,57 neste ano, ante R$ 5,58 em 2020.
“Os valores no mercado interno vêm sendo reajustados significativamente acima da capacidade de retenção de repasses pelo varejo ao consumidor final. Mas, mesmo tendo recorrido à importação para amenizar esse choque, os preços dos produtos tipicamente natalinos apontam tendência de alta”, explicou o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.
Por fim, vale destacar que os presentes de Natal também ficaram mais caros neste ano. Contudo, a inflação subiu bem mais e, nesse sentido, os preços mais salgados dos itens natalinos acabam nem tão caros assim.
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