O volume de serviços no país registrou o quinto mês seguido de crescimento. Em suma, a alta chegou a 1,7% em outubro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o setor acumula acréscimo de 15,8% de junho a outubro de 2020. No entanto, o volume ainda está abaixo do registrado antes da pandemia da Covid-19 no Brasil. Isso porque, entre fevereiro e maio, os serviços tiveram forte perda de 19,8%.
Por outro lado, em relação a outubro de 2019, houve recuo de 7,4% dos serviços. A saber, desde março deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, as taxas vêm se mantendo negativas. Ou seja, a retração registrada em outubro é a oitava seguida nessa comparação. Da mesma forma, o valor acumulado no ano caiu 8,7% em relação ao mesmo período de 2019.
Já o volume dos últimos 12 meses sofreu queda de 6,8%, mantendo o movimento descendente que teve início em janeiro deste ano. Assim, o setor está no resultado negativo mais intenso registrado pela série histórica, que teve início em dezembro de 2012.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira, dia 11.
Quatro das cinco atividades de serviços pesquisadas também subiram
De acordo com o IBGE, houve alta em quatro das cinco atividades de serviços pesquisadas. O destaque ficou para serviços de informação e comunicação, que subiram 2,6% em outubro. Dessa forma, acumula um avanço de 10,0% de junho a outubro, contra uma retração de 8,8% entre janeiro e maio deste ano.
Os outros aumentos registrados vieram de: serviços prestados às famílias (4,6%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,5%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%). Nesse caso o primeiro setor conseguiu a terceira alta seguida e já acumula uma disparada de 80,4% entre maio e outubro. Contudo, ainda precisa avançar 47,6% para voltar ao nível de fevereiro, mês anterior à pandemia da Covid-19.
Em resumo, os transportes registraram o sexto avanço seguido, acumulando ganhos de 22,7% entre maio e outubro. No entanto, ainda precisam crescer 8,8% para retornar à taxa de fevereiro deste ano. Já serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 5,9% de junho a outubro, após a retração de 17,4% acumulada entre fevereiro e maio.
Por fim, o único setor que variou negativamente em setembro foi o de outros serviços. A queda de 3,5% devolveu parte do avanço de 19,2% conquistado de junho a setembro.
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