O volume de serviços no país despencou 7,8% em 2020, quando comparado ao ano anterior. Com isso, manteve a trajetória de queda iniciada em janeiro do ano passado. Assim, chegou ao resultado negativo mais intenso registrado pela série histórica, que teve início em dezembro de 2012. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (11).
A saber, em dezembro, o volume também recuou (-0,2%), mas esse percentual é considerado estabilidade para fins estatísticos, segundo o IBGE. Aliás, esse resultado interrompeu seis meses seguidos de crescimento, de junho a novembro, que somaram um avanço de 19,2%. No entanto, essa sequência de altas não conseguiu reverter a forte retração de 19,6% entre fevereiro e maio, início da pandemia da Covid-19.
Três das cinco atividades de serviços sobem em dezembro
De acordo com o IBGE, houve avanço em três das cinco atividades de serviços pesquisadas. O destaque ficou para outros serviços, com alta de 3,0% em dezembro. A propósito, nos dois últimos meses de 2020, o setor conseguiu acumular um crescimento de 3,9%, recuperando-se da retração de 3,3% registrada em outubro.
Da mesma forma, as taxas dos seguintes grupos também subiram em dezembro: serviços de informação e comunicação (0,3%) e profissionais, administrativos e complementares (0,1%). O primeiro grupo acumulou alta de 4,5% entre setembro e dezembro, enquanto o segundo cresceu 3,5% no último trimestre do ano.
Por outro lado, as duas quedas vieram destas atividades: serviços prestados às famílias (-3,6%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,7%). Vale ressaltar que estes grupos foram os mais afetados pela pandemia da Covid-19 no país, uma vez que os serviços realizados presencialmente sofreram os impactos mais fortes.
Por fim, a média móvel trimestral apresentou alta de 1,3% no trimestre encerrado em dezembro. Com isso, manteve a trajetória ascendente iniciada em julho de 2020.
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