O primeiro semestre de 2021 chegou ao fim trazendo uma queda de 3,2% do volume de exportações de carne bovina do Brasil na comparação com o mesmo período de 2020. A saber, foram enviadas 880 mil toneladas para o exterior nos seis primeiros meses deste ano.
Os dados fazem parte do levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que divulgou as informações nesta terça-feira (6). Aliás, ainda segundo a associação, apesar da queda no volume, o valor das vendas de carne bovina cresceu 4,4% no período.
Em resumo, as receitas com os embarques do produto, tanto in natura quanto processado, atingiram o valor de US$ 4,084 bilhões entre janeiro e junho deste ano. Isso indica que a carne bovina brasileira está mais cara. Por isso, mesmo com uma menor quantidade de carne exportada, o lucro ficou maior.
Relação do Brasil com a China
De acordo com a Abrafrigo, os expressivos embarques realizados para a China impulsionaram o resultado alcançado no semestre. Isso porque o país asiático respondeu por 58,9% do total de carne bovina exportada, o que corresponde a 519 mil toneladas, cuja receita totalizou US$ 2,412 bilhões.
Esse resultado não é surpresa para o mercado brasileiro. Em 2020, a China também figurou como o destino da maior parte das exportações de carne bovina. O país respondeu por 58,6% do volume exportado pelo Brasil e por 60,7% da receita obtida com os embarques em todo o ano passado.
Também vale destacar as vendas para os Estados Unidos no primeiro semestre deste ano. O país americano aumentou suas compras de carne bovina brasileira, passando de 20.108 toneladas em 2020 para 42.482 toneladas no primeiro semestre de 2021, uma disparada de 111,3%.
O Chile ficou em terceiro lugar ao somar 39.825 toneladas compradas no primeiro semestre, crescimento de 16,9% em relação a 2020 (34.062 toneladas). Fechando o top cinco, ficaram Filipinas, que comprou 29.300 toneladas de carne bovina (+ 71,6%) e Egito, cujas compras despencaram 60,8%, para 21.870 toneladas. Aliás, o país ocupou a segunda posição no ano passado, atrás apenas da China.
Por fim, a Abrafrigo destacou que as compras de carne bovina de 79 países cresceram no primeiro semestre. Em contrapartida, 73 países reduziram suas aquisições.
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