Você sabia que a aplicação da insulina no mesmo local por repetidas vezes pode provocar alterações na pele? Isso é o que chamamos de lipodistrofia, ou seja, a formação de um “caroço”, que pode não só gerar problemas estéticos para crianças e adolescentes, como também dificultar a absorção do medicamento, tornando o tratamento mais lento e podendo causar até hipoglicemia.
A recomendação médica é que a insulina seja injetada no tecido subcutâneo, camada de gordura que fica logo abaixo da pele. Se a agulha atingir o músculo, por exemplo, a insulina pode absorver mais rapidamente, sem falar que a dor será maior. Já se a injeção for mais superficial, o hormônio ficará na pele, afetando seu início de ação e a duração no organismo. Por isso, aprender a técnica correta de aplicação faz parte do tratamento.
Onde aplicar a insulina?
Mas podemos evitar essa complicação com alguns cuidados básicos, e para isso recomenda-se um rodízio entre os lugares de possível aplicação, que são:
- Abdômen: cerca de 3 ou 4 dedos ao lado do umbigo;
- Coxas: na parte superior ou lateral externa;
- Parte posterior dos braços;
- Nádegas: em local superior, na lateral externa.
Função da insulina
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, e tem como função metabolizar a glicose (açúcar no sangue) para produção de energia. Ela atua como uma “chave”, abrindo as “fechaduras” das células do corpo, para que a glicose entre e seja usada para gerar energia.
Em outras palavras, a insulina exerce um papel central na regulação da homeostase da glicose, ou seja, no controle do nível de glicose no sangue. Além disso, ela reduz a produção de glicose pelo fígado e aumenta a captação desse hormônio nos tecidos adiposo e muscular.
Em caso de dúvidas, busque orientação com o Endocrinologista Pediátrico.
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