Vladimir Putin, presidente da Rússia, afirmou que as sanções vindas do ocidente contra o seu país são uma clara declaração de guerra, alertando ainda que qualquer tentativa de impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia equivaleria a entrar no conflito. As declarações foram feitas neste sábado (05) quando ele afirmou que seu objetivo na Ucrânia é defender as comunidades de língua russa através da “desmilitarização e desnazificação” do país para que essas regiões se tornem neutras.
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“Essas sanções que estão sendo impostas são semelhantes a uma declaração de guerra, mas graças a Deus não chegou a isso”, afirmou o líder russo durante uma conversa com um grupo de comissárias de bordo em um centro de treinamento da Aeroflot perto de Moscou, capital da Rússia.
Ainda na conversa, Vladimir Putin afirmou que qualquer outra tentativa de se impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia seria considerada pela Rússia como um passo certeiro rumo a um conflito militar. Recentemente, o governo ucraniano pediu que a Otan criasse uma zona de exclusão aérea. No entanto, a organização negou o pedido, afirmando que isso levaria a guerra para além da Ucrânia.
Tudo saindo como o planejado
Segundo Vladimir Putin, tudo está saindo como planejado. Além disso, ele revelou que não há a intenção de recrutar cidadãos da Rússia para a guerra, pois seus militares profissionais estão cumprindo as solicitações pedidas pelo governo russo.
“Não há um recruta e não planejamos que haja. Nosso exército cumprirá todas as tarefas. Não tenho dúvidas disso. Tudo está indo como planejado”, afirmou ele, finalizando que não pretende promover nenhuma lei marcial ou situação de emergência em seu país, diferentemente do que acontece hoje na Ucrânia. “Não planejamos introduzir nenhum tipo de regime especial em território russo –atualmente não há necessidade”, afirmou o presidente da Rússia.
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