Inúmeras pessoas estão caindo no “golpe dos nudes” no estado do Espírito Santo. De acordo com a Polícia Civil, a maioria das vítimas são homens mais velhos, que acabam sendo atraídos pelos criminosos, que usam fotos de mulheres jovens para chamar a atenção.
Modelo denuncia ‘nudes’ vazados e vendidos na internet
Ainda conforme a entidade, após iniciarem as conversas, os criminosos e as vítimas passam a trocar fotos íntimas. Na sequência, esses homens passam a receber ligações dos suspeitos, que fingindo ser os pais da jovem ou policiais, acusam as vítimas de pedofilia.
“Esses criminosos alegam que as vítimas estão cometendo pedofilia, pois as fotos que os homens receberam são de uma criança ou adolescente”, explica a Polícia Civil, relatando que, a partir de então, a vítima passa a ser coagida a transferir dinheiro aos criminosos para que o caso não siga adiante.
Em entrevista ao portal “G1”, Breno Andrade, delegado da Delegacia Especializada na Repressão de Crimes Cibernéticos, casos do tipo foram registrados nos últimos dias no sul do estado e na Grande Vitória. Segundo ele, para evitar cair neste tipo de crime, o ideal é não conversar com pessoas desconhecidas pela internet.
“Não fale com pessoas que você não conhece na internet. Pior ainda, se você não conhece não envie fotos e vídeos íntimos. Os criminosos se aproveitam da ingenuidade das pessoas”, explicou o delegado. Ainda conforme o agente público, um fato em comum pode ajudar as pessoas a perceberem que estão falando com golpistas: os códigos de área, que quase sempre são do Rio Grande do Sul (51, 52, 54 e 55).
“Desconfie sempre. Se você sofreu uma extorsão com um DDD dessa origem, de alguém se passando por um policial civil ou pelo pai de uma criança, cuidado com isso. Procure a polícia, denuncie e não transfira nenhum valor”, orientou o delegado. Por fim, Breno Andrade ainda ressalta que a vítima deste tipo de golpe só costuma perceber o golpe quando a extorsão começa, visto que, em um primeiro momento, os golpistas se apresentam como jovens mulheres maiores de idade.
“O criminoso que vai entrar em contato com essas vítimas, em sua maioria homens, sabe usar de forma sutil as palavras para que a vítima não identifique, naquele momento, que vai sofrer uma extorsão. Então a gente argumenta isso: desconfiar sempre, cuidado com os DDDs, não transfira o dinheiro, verifique as contas que você está transferindo dinheiro, qual a origem dela”, finaliza o delegado.
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