A Visa, com seis décadas de presença sólida no mercado, consolidou-se como uma das principais autoridades no segmento de soluções de pagamento. Nesse sentido, isso demonstra a resiliência e a capacidade de adaptação da empresa, que soube evoluir conforme as necessidades de um mercado em constante mudança.
Contudo, ao contrário da percepção comum de que a Visa é apenas uma “provedora de cartões de crédito”, o presidente da companhia no Brasil, Nuno Lopes, esclarece que a realidade é bem diferente. Segundo ele, a Visa não se enquadra como uma instituição de crédito ou mesmo um banco tradicional, já que a empresa não fornece crédito diretamente aos consumidores.
Com isso, Lopes destaca que a Visa é, em essência, uma empresa de tecnologia. Dessa forma, o foco principal da organização é fornecer infraestrutura, inteligência e serviços tecnológicos que permitam realizar transações em diferentes ambientes. Assim, esta definição mais abrangente ressalta o papel integral da Visa na facilitação do comércio global.
Presidente da companhia prevê “tokenização de tudo”
Em uma entrevista dada a revista EXAME, Nuno Lopes, o presidente da Visa no Brasil, destacou a necessidade de a empresa se adaptar e incorporar novas tecnologias para manter sua posição de liderança no mercado. Nesse sentido, entre as inovações recentes, a tecnologia blockchain despontou como um dos principais focos da empresa, ilustrando seu compromisso com a constante evolução nos métodos de pagamento.
Lopes também lembrou que a Visa está em um estado de mobilização para explorar e desenvolver vários casos de uso para a blockchain. Dessa forma, esta movimentação sublinha a prontidão da empresa para abraçar novas tecnologias e a sua determinação para se manter na vanguarda da revolução do sistema financeiro.
“É só o início de uma jornada muito mais longa”, destaca Lopes. A principal vantagem da tecnologia blockchain, avalia, será o surgimento do “dinheiro programável”: “O dinheiro programável permite a automatização da economia, é natural que uma empresa de tecnologia, cuja função é conectar todas as partes, evolua para essa realidade”.
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A Visa e o real digital
A Visa foi escolhida pelo Banco Central para participar dos testes iniciais do Real Digital, a versão brasileira de uma moeda digital de banco central (CBDC). Com isso, a empresa já havia participado do LIFT Challenge, a primeira etapa do desenvolvimento do Real Digital, com um projeto de tokenização de grãos.
Além disso, segundo Nuno Lopes, a empresa está explorando iniciativas como uma plataforma para geração, transferência e queima de stablecoins e um projeto para integração entre diferentes blockchains, aproveitando a infraestrutura de contratos inteligentes.
Lopes considera que esta é uma “revolução do mercado” e que pode haver “vítimas”, entre elas o cartão de crédito ou débito físico. Ele acredita que o desaparecimento dos cartões físicos é inevitável e destaca que a Visa está trabalhando para isso, como parte de um processo maior de digitalização do dinheiro.
Assim, ele argumenta que, após o lançamento do Pix, houve uma grande digitalização da economia e dos meios de pagamento, levando a uma tendência de desmaterialização das informações de pagamento.
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