A vida pessoal de Pablo Escobar foi cercada de polêmicas, tanto é que atualmente se tornou parte de séries e filmes. Como exemplo, pode-se citar “Narcos”. Mas, fique atento: críticos ressaltam que alguns episódios são equivocados e distorcem a realidade. A prova disso é a biografia de Victoria Eugenia Henao.
Após a morte do marido em 1993, teve que buscar outro país para se reinventar e ter uma profissão. Foi para a Argentina e atualmente se intitula como “coach”. A mesma afirma que viveu um relacionamento abusivo desde os 12 anos, quando conheceu Pablo Escobar: ele a obrigada a ter relações sexuais. O casamento ocorreu aos 15 anos e toda a família era contra a união.
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Mesmo sabendo de todas as atrocidades do marido em relação às drogas, continuou com ele até a chegada da polícia em Medellin. No auge de seu cartel, chegou a produzir mais de 80% de toda a cocaína vendida no mundo, principalmente nos Estados Unidos. Estima-se que a fortuna pessoal chegou aos U$ 30 bilhões.
O assassinato do ministro de Justiça, Rodrigo Lara Bonilla (1984), se deve ao grupo do traficante. Era julgado também por sequestro e assassinatos. Em sua biografia, Victoria Eugenia Henao afirma que o ex-marido estava sempre ocupado com os negócios, não tinha tempo para a família e, quando foi ter o primeiro filho, teve que ir a pé sozinha para o hospital.
Quando se conheceram, ele a obrigou a ter relações e poucas semanas depois estava grávida. Ele a puxou pelos braços de forma agressiva, gritava e a obrigou a fazer um aborto em clínicas clandestinas. Relata que era vítima de traições mas que preferia “não ver ou buscar pelo assunto”, sabia que ele se encontrava constantemente com outras mulheres.
Victoria Eugenia Henao se apaixonou pelo líder social
A viúva afirma que as causas sociais o deixavam exaltado: queria mais igualdade e buscava por ela, odiava ver pessoas morando em favelas. No começo, Victoria Eugenia Henao acreditou que ele possuía boas condições por estar trabalhando no mercado imobiliário para ajudar aquelas pessoas.
Apesar de desconfiar do marido, ainda aceitava as obras de arte e a vida confortável que ele poderia fornecer. Após a morte do traficante, teve que arrumar forças para fugir do país e mudar sua identidade para Maria Victoria Henao.