Em seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou 12 viagens oficiais ao exterior, que somadas custaram cerca de R$ 7,3 milhões, sendo o valor de toda a comitiva do petista, conforme informações divulgadas pelo Itamaraty.
Vale destacar que a política externa se tornou uma das principais preocupações de Lula, que voltou a se engajar na geopolítica, reativou o processo de integração sul-americana, propôs uma agenda ambiental e conduziu as negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Lula e gastos com viagens
Durante sua estadia na Argentina por quatro dias para participar da cúpula da Celac, a equipe de Lula gastou R$ 715,8 mil com hospedagem, mais R$ 337,6 mil com a diária dos servidores e R$ 497,9 mil com aluguéis de veículos, bem como R$ 24,6 mil para a contratação de intérpretes.
O menor preço de hospedagem para o grupo brasileiro foi em Montevidéu. O presidente Lula chegou ao país do Uruguai na manhã de 25 de janeiro, encontrou-se com o presidente Luis Lacalle Pou e na tarde do mesmo dia retornou ao Brasil. No entanto, embora não tenham dormido em Montevidéu, sua equipe teve um gasto de R$ 59,1 mil com hospedagem.
Integrantes do governo argumentam que as viagens são parte de uma tentativa de reativar as relações diplomáticas com o mundo, após o governo Jair Bolsonaro, com a grande maioria das ações do petista no exterior, particularmente na questão da Ucrânia, visando melhorar a imagem do Brasil.
Pronunciamento do Itamaraty
Durante as visitas a outros países, o presidente Lula e sua equipe se hospedaram de alto padrão, geralmente custeados por dinheiro público. O Itamaraty afirma que, em algumas circunstâncias, é costume os países participantes concederem a hospedagem aos visitantes como um presente.
Em nota, o Itamaraty informou:
A acomodação do presidente nas viagens realizadas aos EUA e aos Emirados Árabes Unidos, entre outras, foram custeadas pelos governos anfitriões.
Vale destacar que, na viagem a Washington, por exemplo, o presidente Lula ficou hospedado na Blair House, residência oficial do governo americano reservada a chefes de Estado que visitam o país.
Viagem à China
A viagem com maior gasto de hospedagem do presidente brasileiro foi na China, custando R$ 1,8 milhão em cinco dias. Em Xangai, cidade na qual Lula participou da posse da ex-presidente Dilma Rousseff na presidência do Banco dos Brics, o presidente hospedou-se no luxuoso Fairmont Hotel.
Para o governo, porém, a viagem à China representa um retorno à distância entre os países sob o governo de Bolsonaro. O presidente Lula estava acompanhado de um grande grupo, incluindo: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cinco governadores, oito ministros de Estado e 26 parlamentares.
Em suma, o presidente Lula esteve reunido com o líder chinês Xi Jinping e assinou dezesseis acordos de parceria e financiamento. Com isso, a expectativa do Ministério da Fazenda é de que o investimento acordado chegue a R$ 50 bilhões.