A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) divulgou nesta segunda-feira (16) os dados do seu mais recente levantamento. A saber, as vendas corporativas registraram um tombo de 39,6% no primeiro semestre quando comparado ao mesmo período de 2020.
De acordo com o levantamento, o segmento continua sofrendo com a pandemia da Covid-19. Decretada em março do ano passado, a crise sanitária afetou fortemente diversas atividades econômicas em todo o mundo. E o transporte aéreo acabou prejudicado pelo distanciamento social, restrições de circulação e fechamento de fronteiras.
Dessa forma, as operações das viagens corporativas somaram R$ 2,364 bilhões entre janeiro e junho de 2020. Esse valor ficou 57,5% menor que o nível observado em 2019 (R$ 5,570 bilhões). Em 2021, o resultado ficou ainda pior (R$ 1,427 bilhão) e corresponde a um tombo de 74,3% na comparação com 2019, quando não havia pandemia.
Pandemia também afeta outros setores no semestre
Além disso, a Abracorp também revelou que o faturamento registrado pela hotelaria nos cenários nacional e internacional somou R$ 572 milhões no semestre. Esse valor ficou 17,1% menor que o observado no mesmo período de 2020 (R$ 572 milhões).
Já em relação ao faturamento aéreo, o tombo foi ainda maior e chegou a 49,3%. Nesse caso, os valores despencaram de R$ 1,426 bilhão entre janeiro e junho do ano passado para R$ 722 milhões no primeiro semestre deste ano.
Embora os resultados tenham despencado em um ano, o presidente executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe, ressalta que o futuro deve trazer dados mais positivos. Em suma, ele citou como exemplos os setores de locação de automóveis e a hotelaria nacional, cujos resultados de 2021 superaram os observados em 2020.
“Mas ainda há grandes dificuldades pela frente neste segundo semestre. Com a evolução da campanha nacional de vacinação e perspectiva da liberação dos eventos, que em alguns estados já começa a ocorrer, os reflexos, com certeza, serão positivos e poderá haver uma retomada mais rápida das viagens corporativas e melhoria dos negócios no setor”, ponderou Tanabe.
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