A viagem de Lula à China está dando o que falar, o presidente já precisou remarcar a viagem pela segunda vez, agora por motivos médicos. A viagem de Lula à China estava prevista para este fim de semana. Entretanto, por orientação médica, precisou ser adiada.
Nesse sentido, a cúpula do governo de Lula tenta remarcar a viagem do presidente para o mês de abril, mas teme em ter que remarcar novamente. A agenda do presidente para o próximo mês é bem complexa, pois possui várias reuniões bilaterais e com empresários.
Com isso, a viagem de Lula à China deve ocorrer mesmo entre o fim do mês de abril e meados do mês de maio.
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A importância da visita de Lula ao país asiático
De acordo com o ex-chanceler Celso Amorim, assessor de Lula, o governo negocia com as autoridades chinesas a melhor data para o encontro. A viagem do presidente ao país asiático é considerada de extrema importância pelo governo. A China é o principal parceiro comercial do Brasil na atualidade.
Um dos esforços do governo brasileiro, porém, é o de equilibrar a balança comercial do país com a China, atraindo investimentos no setor de tecnologia. O país teme se consolidar como fornecedor de matéria-prima e commodities, enquanto a China se insere no mundo exportando produtos de alto valor agregado.
Além das relações econômicas entre os dois países, Lula quer debater com o presidente Xi Jinping uma tentativa de solução para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.
O petista também quer tratar com o presidente chinês questões de governança global e a possibilidade de um novo desenho para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na China, Lula também quer prestigiar o início da gestão da aliada e ex-presidente Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) – o banco do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS).
Lembrando que a ex-presidente do Brasil foi anunciada como a nova presidente do BRICS, após indicação de Lula.
Segundo ministros, a nova data deve ser escolhida pela China
Carlos Fávaro, ministro do governo Lula, confirmou que também recebeu a sugestão do setor sobre a nova data da visita. Mas insistiu que não cabe ao Brasil determinar quando a nova viagem ocorreria.
“Isso cabe aos chineses”, disse o ministro, o único do alto escalão brasileiro na China. “Tem que respeitar a diplomacia. Ouvi a sugestão “do agro”. Quem define é o governo chinês. Não podemos dizer que em maio vamos voltar”, afirmou.
Segundo Fávaro, todos os acordos que o Brasil assinaria com a China foram suspensos, à espera da nova visita. Mesmo os atos do Ministério da Agricultura aguardarão pela visita de Lula.
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