Uma vereadora foi agarrada e beijada à força por um colega durante uma sessão da Câmara de Florianópolis, em Santa Catarina. O caso foi registrado na quarta-feira (07) enquanto Carla Ayres (PT) participava da sessão e discutia um projeto. Câmeras de segurança mostram o momento em que ela foi abordada por Marquinhos da Silva (PSC). Na imagem, é possível ver o vereador puxando a mulher pelo braço e, ao ver sua recusa, abraçando a vítima por trás e beijando seu rosto à força.
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Nesta quinta-feira (08), em entrevista ao portal “G1”, Carla Ayres afirmou que irá pedir que a Comissão de Ética do legislativo se manifeste sobre o caso. Além disso, ela revelou que um boletim de ocorrência por importunação sexual e violência política de gênero também será feito. Durante a entrevista, a parlamentar disse que a situação deve ser classificada como um “assédio explícito”.
“Um assédio contra o meu corpo e que manifesta a forma como os homens lidam com as mulheres em vários espaços, inclusive nos espaços institucionais”, disse ela, que ainda disparou que ficou “enojada” com a postura do colega vereador.
“Eu me sinto enojada em relação à postura, mas afirmo para todas as mulheres de Florianópolis e de Santa Catarina, da qual a minha representação diz respeito, que eu não vou deixar isso por isso. Não é só uma manifestação em redes sociais, isso não dá liberdade a nenhum colega a agir assim comigo, com outra vereadora ou qualquer outra mulher”, completou a parlamentar.
No dia em que aprovamos a Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Florianópolis, mais uma cena de assédio que precisamos lutar para que não ocorra nas ruas e nos parlamentos do nosso país. Não é brincadeira se só um riu! pic.twitter.com/2a8VytmG6X
— Carla Ayres (@carlaayres) December 7, 2022
Nesta quinta, a Câmara de Florianópolis emitiu um comunicado repudiando o ato do político. Além disso, a Casa ainda relatou que assim que o processo chegar à Mesa Diretora, “será realizada a apuração dos fatos”. Até o momento, Marquinhos da Silva ainda não se pronunciou sobre o caso. Diferentemente dele, o Partido Social Cristão (PSC) nacional emitiu uma nota e afirmou que acompanhará as investigações sobre o parlamentar. A legenda estadual vai apurar a conduta.
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