As vendas no varejo dos Estados Unidos cresceram 0,7% em agosto, na comparação com o mês anterior. Pode até parecer um avanço pouco expressivo, mas o resultado surpreendeu os analistas, que projetavam uma queda de 0,8% no mês. A propósito, o Departamento do Comércio norte-americano divulgou os dados nesta quinta-feira (16).
Em julho, aconteceu exatamente o contrário: o resultado ficou abaixo do consenso dos analistas. Aliás, a queda foi revisada para baixo, passando de -1,1% para -1,8%. Com isso, as vendas no varejo dos EUA somaram US$ 618,7 bilhões no mês passado. Já na comparação com agosto de 2020, o volume do varejo disparou 15,1%.
Vale ressaltar que a pandemia da Covid-19, decretada em março de 2020, afetou fortemente diversas atividades econômicas em todo o planeta. Por isso, a base comparativa anual geralmente traz dados tão expressivos, uma vez que os resultados do ano passado ficaram muito enfraquecidos.
Variante Delta afeta o consumo dos americanos
Em resumo, o resultado de julho preocupou bastante todo o mundo, visto que os EUA são a maior economia do planeta. A saber, os gastos dos consumidores figuram como o principal motor econômico do país, respondendo por mais de dois terços do desempenho econômico.
Já o resultado de agosto agiu de maneira inversa, reduzindo as expectativas de forte desaceleração da economia americana no terceiro trimestre. Os dois principais motivos para o resultado, segundo analistas, foram as compras de voltas às aulas e os pagamentos de crédito fiscal infantil do governo.
Embora o resultado tenha surpreendido o mercado, muitas empresas ainda enfrentam desafios para encontrar mão de obra. Uma das principais razões para os americanos desempregados não procurarem trabalho é o medo de contrair a Covid-19.
Em suma, a Delata, variante mais transmissível ja sequenciada do novo coronavírus, está elevando os números de casos e mortes no planeta nos últimos tempos. Inclusive, os EUA voltaram à liderança global do ranking de mortes provocadas pela Covid, aproximando-se dos dois mil óbitos diários.
Leia Mais: Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA sobem na semana