O volume de vendas no varejo brasileiro cresceu 0,4% em outubro deste ano, na comparação com setembro. A saber, o avanço é o terceiro consecutivo e sucede dois meses de queda, mostrando que o setor vem ensaiando uma recuperação nos últimos meses do ano.
Veja abaixo o desempenho das vendas em cada mês de 2022:
- Janeiro: +2,3%
- Fevereiro: +1,3%
- Março: +1,3%
- Abril: +0,6%
- Maio: +0,3%
- Junho: -1,8%
- Julho: -0,2%
- Agosto: +0,2%
- Setembro: +1,2%
- Outubro: +0,4%
Com o acréscimo do resultado de outubro, as vendas no varejo brasileiro agora acumulam crescimento de 1,0% em 2022. Já no acumulado dos últimos 12 meses, as vendas cresceram 0,1%, primeira taxa positiva após cinco meses de números negativos.
“Nos últimos quatro meses, tivemos três resultados de estabilidade – julho (-0,2%), agosto (0,2%) e outubro (0,4%) – e crescimento de 1,2% em setembro. Apesar de estarmos num ritmo muito próximo à estabilidade, quando acumulamos os últimos três meses, que estão no campo positivo, temos um crescimento de 1,7%”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Esses dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (8).
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Vendas crescem em cinco dos oitos segmentos do comércio
De acordo com o IBGE, as vendas do comércio varejista cresceram em cinco das oito atividades pesquisadas em outubro, impulsionando a taxa nacional para cima.
Veja abaixo os resultados das vendas em cada um dos oito segmentos:
- Móveis e eletrodomésticos (-2,5%);
- Equipamentos e material material para escritório, informática e comunicação (+2,0%);
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+2,0%);
- Combustíveis e lubrificantes (+0,4%);
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+0,2%);
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,4%);
- Tecidos, vestuários e calçados (-3,4%);
- Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,8%).
Em síntese, o comportamento de diversas atividades está diretamente ligado à Black Friday. Segundo Cristiano Santos, desde 2020 essas variações começam a aparecer ainda em outubro, “porque as empresas começaram a antecipar promoções e descontos”.
Por fim, o IBGE revelou que as vendas no comércio varejista cresceram em 15 das 27 unidades federativas (UFs) em outubro, com destaque para o Amapá (+5,1%). Em contrapartida, entre os recuos, o mais intenso ocorreu na Paraíba (-6,8%).
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