A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou nesta quinta-feira (9) o seu levantamento sobre as vendas nos supermercados do país em julho. De acordo com os dados, o consumo das famílias cresceu 4,84% na comparação com o mês anterior.
Embora o Índice Nacional de Consumo Abras (INC Abras) nos lares tenha crescido no comparativo mensal, o indicador caiu 1,15% em relação a julho do ano passado. A saber, esse foi o segundo recuo do ano nessa comparação anual, seguindo a leve queda de 0,68% registrada em junho.
De acordo com o vice-presidente institucional e administrativo da Abras, Marcio Milan, o pagamento da quarta parcela do auxílio emergencial ajudou a impulsionar o consumo das famílias no mês. Em suma, o valor de R$ 5,5 bilhões beneficiou 26,7 milhões de famílias, segundo Milan.
O indicador da Abras inclui todos os formatos de loja do setor. Isso quer dizer que a pesquisa considera vendas de “atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce”, diz a Abras.
Preços dos produtos também cresce, aponta Abras
Por falar nisso, a Abras também divulgou a Cesta Abrasmercado, que reúne 35 produtos que possuem grande consumo. Nesse caso, o preço dos itens cresceu 0,96% em um mês e disparou 23,14% em um ano. Assim, o valor chegou a R$ 668,55.
“O movimento de preços não está acontecendo somente no Brasil, mas no mundo. Nos últimos 12 meses, identificamos aumento em função da exportação de alguns produtos com maior procura, e em função do câmbio que foi bastante favorável”, explicou Milan.
Entre as regiões do país, o Norte continuou com a cesta mais cara do Brasil, com um valor de R$ 752,89. Aliás, a região acumula forte alta de 23,49% nos últimos 12 meses. Na sequência ficaram Sul (R$ 734,10), Sudeste (R$ 640,87), Centro-Oeste (R$ 616,68) e Nordeste (R$ 598,22).
Em relação aos itens pesquisados, o que apresentou a maior variação foi o óleo de soja, cujo preço saltou 87,3% no acumulado de 12 meses. Também tiveram fortes avanços os seguintes produtos: carne dianteiro (40,6%), arroz, (39,8%), carne traseiro (32,9%), açúcar (32,6%), frango congelado (30,8%), pernil (24,8%) e café (17,8%).
Por fim, Milan sugere que os consumidores pesquisem os preços com atenção. “Vimos que o número de marcas de qualidade cresceu e que os valores são muito variados. Temos cerca de 9 a 12 marcas de arroz e feijão no mercado, por exemplo, muitas vezes em uma mesma loja”
Leia Mais: Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA renovam mínima