A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou nesta quinta-feira (10) o seu levantamento sobre as vendas nos supermercados do país em 2021. De acordo com os dados, o consumo das famílias acumulou um crescimento de 3,04% no ano passado, em relação a 2020.
A saber, o Índice Nacional de Consumo Abras (INC Abras) nos lares encerrou dezembro em alta de 4,27% na comparação com o mesmo mês de 2020. Já em relação a novembro do ano passado, o avanço foi ainda mais expressivo (22,47%).
De acordo com o vice-presidente institucional e administrativo da Abras, Marcio Milan, os supermercados sofreram no ano passado com algumas instabilidades. Em suma, a ausência de auxílio disponibilizado pelo governo federal durante alguns meses do ano prejudicou as vendas dos supermercados, bem como o aumento da inflação e a queda da renda da população.
O indicador da Abras inclui todos os formatos de loja do setor. Em outras palavras, a pesquisa considera vendas de “atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce”, diz a Abras.
Vendas devem crescer 2,8% em 2022
Segundo Milan, as vendas dos supermercados estão enfraquecidas em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021. Ele afirmou que esse resultado é natural, pois houve uma forte demanda nas lojas em janeiro do ano passado devido ao abrandamento das medidas de restrição à época.
“O que aconteceu em janeiro de 2021, quando tivemos um pico de consumo, não teremos essa mesma projeção para este mês de janeiro”, disse Milan.
Embora a Abras não espere um forte desempenho do setor em janeiro, o resultado anual deve ficar positivo. Em resumo, o pagamento do Auxílio Brasil e as sinalizações de desaceleração da inflação são pontos positivos para o setor. Por isso, a expectativa é de expansão das vendas neste ano. Por falar nisso, a Abras estima que o consumo das famílias cresça 2,8% em 2022, na comparação com 2021.
“Outra coisa é que tem toda uma recuperação dos dissídios coletivos, que vão sem dúvida trazer uma recomposição salarial”, acrescentou Milan.
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