O volume de vendas do varejo brasileiro caiu 3,1% em agosto na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. A saber, o recuo elimina os ganhos do avanço de 2,7% registrado em julho. Com o resultado de agosto, o varejo reduziu a alta em 2021 para 5,1%.
Já as vendas do varejo ampliado caíram 2,5% em agosto. Apesar do resultado negativo, o segmento continua acumulando avanço expressivo no ano, agora de 9,8%. Em resumo, a modalidade inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção.
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação das informações aconteceu nesta quarta-feira (6).
Já em médias móveis trimestrais, as vendas do varejo cresceram caíram 0,5%. Da mesma forma, o varejo ampliado fechou o trimestre móvel em queda, de 1,3%. Em contrapartida, tanto o comércio varejista (5,0%) quanto o ampliado (8,0%) aumentaram o volume de suas vendas no acumulado dos últimos 12 meses.
Além disso, o varejo brasileiro registrou uma queda de 4,1% na comparação com agosto de 2020, enquanto o segmento teve variação nula.
Vale destacar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia da Covid-19 em março de 2020, o que deixou a base comparativa do ano passado bastante fraca, pelo menos até julho. Os resultados anuais estavam bastante expressivos, mas despencaram em agosto.
Seis das oito atividades pesquisadas caem em agosto
De acordo com o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas tiveram queda no mês. O grande destaque de agosto foi o grupo outros artigos de uso pessoal e doméstico, cuja taxa despencou 16,0%. A saber, o segmento foi o responsável por impulsionar as vendas do varejo em julho, com o maior avanço entre as atividades. Contudo, o desempenho em agosto foi completamente inverso ao do mês anterior.
Os outros recuos vieram de: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,7%), combustíveis e lubrificantes (-2,4%), móveis e eletrodomésticos (-1,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,0%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%).
Assim, o volume de vendas cresceu apenas nas atividades de recidos, vestuário e calçados (1,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,2%). Estes avanços, apesar de pouco expressivos, impediram uma conta ainda maior do varejo no mês.
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