As vendas totais de combustíveis no país por distribuidoras alcançaram 118,2 milhões de metros cúbicos em 2021. A saber, cada metro cúbico equivale a mil litros. Em valores nominais, houve 118,2 bilhões de litros comercializados no ano passado.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que divulgou os dados nesta terça-feira (15), as vendas bateram recorde em 2021. Em suma, esse foi o maior volume de combustíveis comercializados no país em um único ano desde o início da série histórica, em 2000.
O diesel liderou as vendas no ano passado, totalizando 62,1 milhões de metros cúbicos. Em seguida, ficaram a gasolina (39,3 milhões) e o etanol (16,7 milhões). Esse volume superou em 5% o nível registrado em 2020, quando houve a decretação da pandemia da Covid-19 no planeta.
Na comparação com 2020, as vendas do etanol caíram 13%. No entanto, a comercialização da gasolina e do etanol cresceu 9,5% e 8%, respectivamente. Dessa forma, compensou as perdas registradas pelo etanol.
Confira mais detalhes das vendas de combustíveis em 2021
A ANP revelou que o volume de vendas em 2021 ficou levemente superior ao de 2019, quando houve a comercialização de 118,0 milhões de metros cúbicos. À época, o etanol fechou o ano com 22,5 milhões de metros cúbicos comercializados, enquanto o diesel teve 57,2 milhões.
Em resumo, a ANP destaca que há uma mudança na comercialização destes combustíveis devido aos preços. Segundo a entidade, o etanol mais caro fez os veículos particulares aumentarem a busca por gasolina. Isso ocorreu porque, a partir de determinado valor, o etanol se torna menos eficiente e rentável que a gasolina.
Já no caso do diesel, o crescimento da demanda ocorreu por causa do aumento dos fretes. A saber, a pandemia impulsionou o comércio eletrônico, exigindo maior busca por serviço de entregas.
Vale destacar que o crescimento das vendas dos combustíveis ocorreu mesmo com os altos preços dos produtos. No ano passado, a variação média dos combustíveis para veículos ficou em 49,02%, taxa quase cinco vezes superior à inflação nacional (10,06%).
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