As vendas de novos veículos automotores no país despencaram 26,08% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2020. A saber, o país registrou o emplacamento de 126.486 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em todo o ano passado.
Em suma, o que derrubou o resultado no comparativo anual foram os automóveis, cujos licenciamentos despencaram 29,49%. A propósito, houve 130.778 automóveis emplacados em janeiro de 2021, mas apenas 92.212 no mesmo mês deste ano.
Por outro lado, a venda de caminhões disparou em janeiro. Nesse caso, os emplacamentos destes veículos passaram de 7.259 em janeiro de 2020 para 8.517 no mês passado. Isso corresponde a um aumento de 17,33% na base anual.
Vale destacar que a pandemia da Covid-19 afetou diversas atividades econômicas no planeta desde 2020. Já no final de 2021, com o sequenciamento da variante Ômicron, os casos no mundo explodiram de maneira inédita devido à alta transmissibilidade da cepa.
Em resumo, a crise sanitária afetou fortemente a oferta de produtos do setor automotivo, bem como a produção de veículos. E a escassez de componentes, principalmente os semicondutores, afetou o desempenho das vendas de veículos no Brasil em janeiro.
A propósito, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quarta-feira (2).
Veja mais detalhes do desempenho do setor no mês
De acordo com a Fenabrave, diversos concessionários sofreram com a falta de componentes em 2021, cenário que se repetiu em janeiro. Em síntese, o mercado sofre com a falta de semicondutores, utilizado em sistemas do motor e de entretenimento.
No entanto, outro fator também enfraqueceu o resultado de janeiro: a sazonalidade. “Em janeiro, a renda familiar fica mais comprometida em função dos impostos e gastos com matrículas e materiais escolares, por exemplo, o que acaba afetando a decisão de compra do consumidor”, afirmou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr.
Por fim, Andreta também destacou que os concessionários sofreram em janeiro com baixos estoques. Isso também ocorreu devido à “persistente falta de produtos, ainda provocada pela escassez de componentes”, disse o presidente da Fenabrave.
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