As vendas de novos veículos automotores no país cresceram 2,98% em 2021, na comparação com o ano anterior. A saber, o país registrou o emplacamento de 2.119.554 carros, comerciais leves, caminhões e ônibus em todo o ano passado.
Embora o número supere o de 2020, o dado não representa um resultado realmente positivo. Isso porque as vendas do setor em 2020 despencaram 26,16%, ou seja, o resultado de 2021 continua bastante fraco na comparação com o de 2019, quando não havia pandemia.
Por falar nisso, a pandemia da Covid-19 afetou diversas atividades econômicas no planeta, e o continua fazendo até hoje. A variante Ômicron, cepa que possui uma transmissibilidade nunca vista, está provocando uma explosão de casos no mundo. Antes dela, a variante Delta também aumentou consideravelmente os casos e mortes ao redor do planeta.
Do ponto de vista econômico, cada uma destas variantes provocam fortes impactos nos países. Em resumo, a crise sanitária segue afetando a oferta de produtos do setor, bem como a sua produção. E a escassez de componentes, principalmente os semicondutores, é uma das principais razões para o fraco resultado de vendas de veículos no Brasil em 2021.
A propósito, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quinta-feira (6).
Veja mais detalhes dos dados do setor automotivo
De acordo com a Fenabrave, diversos concessionários fizeram queixas no ano passado sobre a falta de componentes. As medidas restritivas adotadas por diversos países para conter o avanço do coronavírus vêm afetando há meses a oferta de componentes eletrônicos, provocando uma crise automotiva global.
Em suma, o mercado vem sofrendo com a falta de semicondutores. O setor utiliza estes componentes em sistemas do motor e de entretenimento. Por isso, o volume de carros emplacados em 2021 foi bem menor que o do período pré-pandemia.
Aliás, o crescimento das vendas em 2021 ficou bem abaixo da projeção da Fenabrave. A saber, a entidade havia estimado no final de 2020 que as vendas cresceriam 16% no ano passado, mas isso não aconteceu. Agora, a Fenabrave projeta um crescimento de 4,6% do volume de vendas.
“Temos pedidos que não conseguimos atender em 2021. Estamos otimistas em busca de normalidade do sistema, mas dependemos da produção da indústria. Se houver problemas novamente, precisará ser revisto novamente”, afirmou José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave
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