As vendas de novos veículos automotores no país caíram 10,24% em setembro deste ano, na comparação com agosto. A saber, o país registrou o emplacamento de 155.083 carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no mês. Isso representa um volume 25,33% menor que o registrado em setembro de 2020.
Com o acréscimo desse resultado, o total acumulado no ano agora é de 1,57 milhão de unidades emplacadas. Esse montante representa um crescimento de 14,78% na comparação com os nove primeiros meses do ano passado.
Vale destacar que a pandemia da Covid-19 continua afetando diversas atividades econômicas no mundo. A variante Delta, cepa mais transmissível e agressiva já sequenciada, elevou os casos e mortes em todo o planeta nos últimos tempos. Ao mesmo tempo, a oferta de produtos do setor segue defasada, bem como a produção.
De acordo com a Fenabrave, a falta de componentes, principalmente os semicondutores, afeta a produção de automóveis devido à crise de abastecimento. “Vivemos, hoje, possivelmente, o ponto mais crítico da crise de abastecimento”, afirmou o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
A propósito, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou os dados nesta segunda-feira (4). Inclusive, a entidade reduziu as suas estimativas para a venda de veículos em 2021 por causa da escassez global de semicondutores.
Concessionários seguem reclamando da falta de componentes
Por falar nisso, a Fenabrave, que representa as concessionárias do país, ressalta as queixas de diversos concessionários sobre a falta destes componentes em setembro. As medidas restritivas vêm afetando há meses a oferta de componentes eletrônicos, provocando uma crise automotiva global.
Em suma, o mercado automotivo vem sofrendo com a falta de semicondutores. O setor utiliza estes componentes em sistemas do motor e de entretenimento. Por isso, o volume de carros emplacados em setembro foi bem menor que o do ano passado.
Por fim, a Fenabrave ainda informou que a venda de caminhões caiu 8,61% em relação a agosto, mas disparou 56,57% na comparação com setembro de 2020. Já os emplacamentos de motos cresceram 5,98% no comparativo mensal e 9,26% no anual. Em suma, no acumulado do ano, 841.481 unidades foram vendidas no país.
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