O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a afirmar que deve disputar as eleições presidenciais em 2024. Em um evento com partidários republicanos na Casa Branca, ele disse que a ideia é voltar a concorrer.
“Estamos tentando ficar mais quatro anos”, disse ele. “Senão, vejo vocês em quatro anos”, completou o presidente. O fato é que Trump vem sofrendo uma série de duras derrotas nos tribunais em relação ao processo eleitoral deste ano.
Joe Biden venceu o pleito com folga tanto no número de delegados como na votação popular. Seja como for, Trump ainda não assumiu a derrota e segue afirmando que aconteceram fraudes nas eleições. Por isso, ele entrou com uma série de pedidos de recontagem e de suspensão das eleições em estados chaves.
Mas todos esses pedidos fracassaram até agora. Os juízes das mais diferentes cortes da Justiça não estão aceitando os pedidos de paralisação. Além disso, toda recontagem até agora terminou com uma diferença ainda maior para o democrata Joe Biden.
Na terça (1), o secretário de Justiça dos Estados Unidos, William Barr, jogou aquilo que se pode chamar de pá de cal. Ele disse que não encontrou nenhum indício de fraude sistêmica nesse processo eleitoral nos Estados Unidos.
A derrota de Trump
Esse movimento de Trump pode acabar tendo um efeito negativo para o Partido Republicano no Senado. É que o presidente pediu recontagem dos votos na Geórgia, estado do governador republicano, Brian Kemp.
Mesmo depois de duas recontagens, Biden segue na liderança e o próprio governador republicano reconheceu que Trump perdeu no estado. Mas Trump não aceita o resultado e está insinuando que o governador estaria trabalhando para o Partido Democrata.
E onde entra o Senado nessa história? É que a Geórgia é o único estado onde há um segundo turno para a vaga de senador. O que acontecer lá vai definir portanto qual partido terá a maioria na Casa. Nesta semana, militantes republicanos pediram a prisão do governador republicano.
Assim, os republicanos da Geórgia podem deixar de votar no candidato republicano. Dessa forma, todas as atenções se voltam para o comportamento de Trump nessa briga com o seu próprio partido neste momento.