No último domingo (08), apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional, causando danos sem precedentes na história do Brasil. Nesta quinta-feira (12), surgiu a informação de quem deverá arcar com a recuperação desses espaços: os próprios poderes.
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De acordo com Maurício Goulart, coordenador técnico da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o trabalho para o reparo dos estragos feitos no domingo podem exigir até seis meses de atuação e serão financiados pelos poderes afetados, visto que é de responsabilidade dessas entidades a preservação dos bens públicos.
“Os recursos vão sair dos órgãos das casas”, começou. “Estão colocando em planilha orçamentária o que é necessário fazer e ações emergenciais, já que eles têm a responsabilidade de conservar edifícios – e conservam cotidianamente. Já estão fazendo as ações emergenciais com base nos contratos de manutenção predial que eles têm”, completou Maurício Goulart.
A declaração foi feita após uma reunião que contou com membros técnicos do Iphan e com Margareth Menezes, ministra da Cultura. Segundo Leandro Grass, presidente do Instituto, o governo Federal e os outros Poderes (Legislativo e Judiciário), farão uma força-tarefa que terá como objetivo calcular o valor necessário para reparar o patrimônio público danificado nos atos terroristas registrados em Brasília.
De acordo com o presidente do Iphan, ele entregou para a ministra um relatório preliminar sobre os danos e ainda revelou que, além do instituto, irão participar da “força-tarefa”:
- Presidência da República;
- Secretaria de Cultura do Distrito Federal;
- Legislativo;
- Judiciário.
Além dos membros do Iphan, quem também falou foi Margareth Menezes. De acordo com a chefe da Cultura, os trabalhos de recuperação dos espaços serão feitos em três etapas. Segundo ela, a recuperação do patrimônio público será a última. “Esse relatório vai ser melhor apurado, mais afinado, devido o tamanho dos prejuízos. E isso acontecerá em três etapas, até a recuperação total dos patrimônios. […] O prejuízo é muito grande, o que tivemos. […] A continuação desse trabalho ainda vai demandar alguns meses”, afirmou a ministra.
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