No próximo dia 30 de outubro, saberemos quem será o presidente da República a partir de 2023: o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) ou o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com dados do Portal da Transparência, o eleito no segundo turno das eleições receberá quase R$ 31 mil brutos todo o mês, mais ou menos R$ 24 mil com os descontos obrigatórios.
Eleições: Justiça mandou excluir ao menos 4 publicações de veículos jornalísticos em um mês
Essa remuneração coloca o presidente da República entre o 1% da população mais bem paga do país. No entanto, apesar de alto, o salário do chefe do Executivo no Brasil não é dos maiores. Nos estados Unidos, por Exemplo, Joe Biden recebe cerca de R$ 160 mil por mês. No Japão, o salário do primeiro-ministro fica em torno de R$ 87 mil mensais.
Na América do Sul, o salário do presidente brasileiro, que entre os líderes do G-20l está entre os cinco menores, também é “baixo” em comparação com outros Estados. No Chile, o chefe do Executivo recebe R$ 43 mil e, na Argentina, R$ 29 mil.
Presidente tem muitos benefícios
No Brasil, apesar do salário mais baixo em comparação com outros países, o presidente tem à disposição uma série de outros benefícios, como duas moradias em Brasília, no Distrito Federal, e plano de saúde.
Todavia, o benefício mais falado e criticado é o cartão corporativo, um recurso usado para bancar banca despesas como alimentação, gasolina, cuidados com a moradia oficial e os gastos em viagens. Ou seja, os R$ 24 mil líquidos de remuneração acabam “sobrando” livres ao chefe do Executivo.
Esse cartão corporativo é bancado com impostos e as despesas não são transparentes. Bolsonaro, por exemplo, desde que assumiu o cargo, gastou R$ 875 mil por mês, mas não revela como. Isso porque o presidente impôs sigilo de cem anos sobre a fatura do cartão corporativo – recentemente, uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que ele gastou quase R$ 100 mil por mês em comida.
Leia também: Campanha de Lula se manifesta contra o aborto e de Bolsonaro critica a Justiça Eleitoral