A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou, nesta quinta-feira (24), que enviou um relatório ao grupo de Minas e Energia do governo de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), onde explica que, no próximo ano, os preços da energia elétrica devem ser reajustados.
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De acordo com a Aneel, o impacto dos aumentos devem variar levando em conta as particularidades das distribuidoras de energia. Nesse sentido, a agência relatou que a estimativa é que os aumentos devem ser o seguinte:
- 7 distribuidoras devem ter reajuste superior a 10%;
- 15 distribuidoras com reajuste entre 5% e 10%;
- 17 distribuidoras devem ter reajuste entre 0% e 5%;
- 13 distribuidoras devem ter reajuste inferior a 0%.
Segundo a Aneel, essa diferença de percentuais acontece por conta dos custos de compra, transmissão e distribuição de energia, que acabam variando de acordo com cada distribuidora. Além disso, a diferença pode acontecer devido a eventuais créditos tributários que a empresa possa ter direito – esses créditos estão sendo revertidos em favor do consumidor, diminuindo assim os reajustes.
Conforme aponta a agência, esses percentuais de reajuste são estimativas. Sendo assim, eles podem acabar mudando até a homologação dos novos índices tarifários. Hoje, a definição dos preços é feita individualmente para cada distribuidora, normalmente na data de aniversário do contrato de concessão.
No comunicado da Aneel, a agência não detalhou os percentuais desses reajustes conforme os tipos de consumidores: conectados em alta tensão – grandes empresas e indústrias – e conectados em baixa tensão – residenciais, rurais e pequenas empresas.
Histórico do preço da energia
Neste ano, o reajuste no valor da energia para os consumidores residenciais está, em média, em 10,83%. De acordo com a agência, em 2022, tem-se notado que os percentuais entre as regiões têm sido desiguais, pesando mais para os consumidores do Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Isso, principalmente por conta dos custos de distribuição.
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