O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou a aliados quando ele, que hoje se encontra na cidade de Orlando, nos Estados Unidos, pretende voltar ao Brasil. De acordo com informações publicadas pelo canal “CNN Brasil” nesta sexta-feira (10), o ex-chefe do Executivo afirma que seu retorno deve acontecer em março.
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Assim como publicou o Brasil123, Bolsonaro foi para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro de 2022 e, ao não participar da cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia primeiro de janeiro, acabou quebrando a tradição ao não passar a faixa presidencial para o atual mandatário do Executivo.
Hoje, Bolsonaro está nos Estados Unidos sem seus auxiliares mais próximos, visto que essas pessoas precisaram retornar ao Brasil após o fim da vigência de seus vistos – o ex-chefe do Executivo continua no país porque solicitou um visto de turista. Com ele, segundo interlocutores, estão apenas dois seguranças.
De acordo com a “CNN Brasil”, aliados de Bolsonaro ressaltam que ainda não existe um plano para o retorno do ex-presidente ao país. Não suficiente, esses aliados relatam que Bolsonaro está bastante incomodado com a falta de defesa de seu governo por parte de ex-ministros.
A crise humanitária registrada na Terra Indígena Yanomami, local invadido por garimpeiros que atualmente conta com inúmeros indígenas doentes, é um exemplo disso. Bolsonaro tem reclamado que nenhum dos ministros, como Damares Alves (Direitos Humanos), Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga (Saúde), Tereza Cristina (Agricultura), e autoridades, como o ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Marcelo Xavier, tentaram defendê-lo das acusações de ser o responsável pelo fato.
Segundo a “CNN Brasil”, essa não defesa ao governo Bolsonaro acontece porque a leitura que existe hoje é a de que o ex-chefe do Executivo se tornou politicamente “tóxico”, fazendo com que mesmo seus antigos aliados não mais o defendam.
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