O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou nesta semana dados sobre a inflação brasileira. A saber, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação do país, subiu 0,95% em março. Já o valor acumulado em 12 meses chegou a 10,79%.
Em resumo, este valor anual supera em mais de três vezes a meta central do Banco Central (BC) para a inflação do Brasil em 2022 (3,5%). Aliás, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação deverá atingir seu pico em abril. Contudo, a taxa irá desacelerar no decorrer do ano.
Seja como for, a população brasileira segue sofrendo com os preços bastante elevados de diversos itens. Embora a inflação acumulada em 12 meses esteja em um patamar bastante expressivo, o IBGE revelou que dezenas de itens apresentam uma variação bem mais expressiva que os 10,79%.
Preço da cenoura dispara 121,6% em um ano
Neste últimos 12 meses encerrados em março, a cenoura foi o item que mais ficou caro para a população. Em suma, o preço do legume disparou 121,64% no período, superando em mais de dez vezes a taxa inflacionária do país. O tomate e o pimentão completaram o top três, com reajustes de 66,36% e 66,00%, respectivamente.
Em seguida, ficaram: café moído (62,36%), melancia (59,79%), mamão (50,16%), repolho (48,66%), gás veicular (43,13%), mandioca/aipim (42,90%), açúcar refinado (42,24%) e abobrinha (41,35%).
Na 12ª posição ficou o óleo diesel, cujos preços subiram 38,27% nos últimos 12 meses. Vale destacar que o reajuste de 24,9% promovido pela Petrobras no último dia 11 deverá impulsionar ainda mais a inflação no país. Isso deverá acontecer porque os combustíveis exercem um forte impacto na taxa inflacionária nacional.
Aliás, a gasolina também sofreu reajuste no mesmo dia, de 18,8%. De acordo com o IBGE, o combustível tem uma variação de 27,68% acumulada nos últimos 12 meses, ocupando a 21ª posição no ranking.
Entre o diesel e a gasolina, estão: melão (38,10%), transporte por aplicativo (37,86%), alface (37,59%), açúcar cristal (35,05%), laranja-baía (33,38%), fubá de milho (31,21%), gás encanado (31,03%) e energia elétrica residencial (28,32%).
Por fim, o top 50 ainda tem a presença do gás de botijão (25,59%, na 26ª posição), do etanol (24,27%, no 28º lugar) e do milho em grão (17,90%, na 48ª posição).
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