O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 3,3% em 2020, na comparação com 2019. O forte recuo aconteceu devido à pandemia da covid-19, que afundou não só a economia brasileira, mas também a global.
Ao considerar o PIB das 27 unidades federativas (UFs), o resultado negativo foi registrado por 24 delas. As únicas exceções foram Mato Grosso, que teve variação nula em relação a 2019, e Mato Grosso do Sul (+0,2%) e Roraima (+0,1%).
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou o levantamento. De acordo com o instituto, São Paulo continuou na liderança, mantendo uma distância muito expressiva do segundo lugar.
Veja abaixo o percentual das UFs com as maiores participações no PIB brasileiro em 2020:
- São Paulo: 31,2%
- Rio de Janeiro: 9,9%
- Minas Gerais: 9,0%
- Paraná: 6,4%
- Rio Grande do Sul: 6,2%
- Santa Catarina: 4,6%
- Bahia: 4,0%
Em síntese, a atividade econômica encolheu em todos estes locais. O grande destaque negativo foi o Rio Grande do Sul, cujo PIB despencou 7,2% em relação a 2019. Aliás, essa queda fez o estado cair uma posição no ranking nacional, sendo ultrapassado pelo Paraná.
Auxílio Brasil: investimentos do governo federal chegam a R$ 13 BILHÕES
Outros estados mudaram de posição
O IBGE destacou que outros seis estados também mudaram de posição no ranking nacional. “O Pará, devido ao ganho relativo atrelado às indústrias extrativas, avançou, da 11ª para a 10ª posição, ocupando em 2020 a colocação que até o ano anterior era de Pernambuco”, explicou o instituto.
“Mato Grosso, que também se destacou em 2020 pelo desempenho da agropecuária, avançou para a 12ª posição, ultrapassando o Ceará, que caiu para a 13ª posição”, acrescentou.
“Mato Grosso do Sul subiu uma posição, para a 15ª, enquanto o Amazonas caiu para a 16ª, pois o primeiro elevou sua participação no PIB, de 1,4% para 1,6%, enquanto o segundo manteve-se com 1,5%, entre 2019 e 2020”, disse o IBGE.
Segundo a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça, a quantidade elevada de trocas de posições foi motivada pela pandemia da covid-19.
“A Agropecuária cresceu 4,2%, mas representa cerca de 5% do PIB nacional, enquanto nos estados do Centro Oeste chega a 20% do valor adicionado, o que compensou parcialmente a queda nos serviços”, explicou.
Leia também: Auxílio Brasil: Nordeste concentra 45,4% dos R$ 13 bilhões investidos