O índice de inadimplência no Brasil está maior do que nos últimos 8 anos, e desta forma, a quantidade de CPFs negativados aumentou consideravelmente. Por isso, hoje, nós vamos indicar o que fazer se você está com o CPF negativado.
Quais as causas e possibilidades a curto prazo para a saída resolver a situação do CPF?
Em pesquisa realizada pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) de São Paulo, a maioria das pessoas possuem negativação com instituições financeiras, seguidas por dívidas em contas de água e energia elétrica. A mesma pesquisa revela que as pessoas levam em torno de 10 meses para sair da inadimplência.
Entre as principais causas da inadimplência tem-se:
- Taxa de juros elevada, como forma de conter a inflação;
- Redução do poder de compra considerando a inflação, que mesmo estando com dados de baixa, já estiveram neste ano, com valores elevados;
- Grande quantidade de pessoas na informalidade;
- Redução de salários.
Estes fatores indicam que as pessoas não terão tão cedo, uma perspectiva para sair da inadimplência. Mas, o que pode a curto prazo, reduzir um pouco, é o 13º salário entrando na conta, e a alta de contratação temporária de pessoas, considerando a data natalina.
O que fazer se você está com CPF negativado?
Não existe outra opção quando o CPF está negativado, é pagar as contas, principalmente aquelas que são a causa da negativação. Por isso, é preciso reorganizar as contas da casa.
Para tanto, uma das opções é fazer o empréstimo consignado, e quitar as contas básicas, ou aquelas que estão gerando maior quantidade de juros. Mas saiba que esta opção é temporária se você não se organizar.
O que posso fazer para me organizar?
- Calcular o valor do salário líquido recebido: principalmente se você trabalha na informalidade, é preciso saber exatamente o quanto você ganha, descontando INSS, Imposto de Renda e vale-transporte (aquele que possuir);
- Coloque no papel todos os gastos mensais: separe estas contas em fixas (que ocorrem todo o mês), variáveis (que são eventuais e não ocorrem mensalmente) e eventuais (que ocorrem de forma inesperada);
- Faça a separação dos gastos: 50% para as despesas fixas, 30% para os gastos variáveis (roupas, lazer) e 20% para guardar;
- Avalie os gastos desnecessários: são aqueles gastos que podem ser reduzidos ou eliminados, pelo menos de forma temporária, até sair da inadimplência;
- Separe 10% do seu salário para investir em contas digitais: as contas digitais oferecem praticidade para fazer investimentos e inclusive separar este valor da conta, e assim, você não fica tentado a gastar;
- Separe 10% do salário para formar uma reserva de emergência: esta reserva servirá para cobrir os gastos eventuais como reforma da casa, ou do carro, e outros gastos extras. O ideal é guardar dinheiro suficiente para manter os custos fixos e variáveis pelo período de 6 a 12 meses em caso de demissão, ou doença na família;
- Procure utilizar de forma adequada o cartão de crédito: saiba que o cartão de crédito é o grande vilão do seu orçamento, pois ele dá a sensação errada, de que dispõe de mais dinheiro do que realmente é. Não esqueça de manter este custo, nos gastos fixos, pois, a ideia é pagar toda a fatura do cartão, para evitar juros rotativos.