O brasileiro sofreu com uma inflação elevada em 2021. A taxa de dezembro será conhecida no próximo dia 11, mas a expectativa é que a inflação feche o ano nos dois dígitos. Assim, irá superar em muito a meta definida para o ano, de 3,75%.
Para 2022, as projeções indicam um crescimento bem menos expressivo da taxa inflacionária no Brasil. No entanto, isso não quer dizer que a população terá alívio no bolso com preços mais acessíveis. Na verdade, o avanço deve ficar menor graças aos juros, que continuarão a sua escalada no país.
Por falar nisso, os juros altos consistem no primeiro desafio para os brasileiros em 2022. No ano passado, o Banco Central (BC) elevou sete vezes a taxa de juros básicos do país, a Selic, para conter o avanço da inflação.
Em resumo, uma Selic mais alta segura a inflação ao reduzir a demanda interna, pois eleva os juros praticados no país, em geral. Dessa forma, reduz o poder de compra do consumidor, que precisará pagar juros mais elevados, desaquecendo a economia. E a expectativa é de mais avanços da Selic em 2022.
Inclusive, as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro estão cada vez menores. Como a economia tende a desaquecer com juros mais altos, sem contar nos problemas internos já conhecidos, o mercado se mostra pouco otimista para o desempenho da atividade econômica do país neste ano.
Veja o que mais pesará no seu bolso em 2022
Além disso, os brasileiros sofrerão com gastos com energia elétrica. No ano passado, o Brasil enfrentou a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Embora a situação esteja bem mais favorável, com o aumento das chuvas nas regiões das hidrelétricas, os custos com a produção de energia elétrica devem afetar o bolso dos brasileiros em 2022.
Em suma, o governo acionou muitas termelétricas em 2021 para gerar energia que as hidrelétricas não estavam conseguindo. Como as termelétricas são mais caras, o valor de produção acabou repassado para a população. E o pagamento ocorrerá em 2022, pelo menos nos primeiros meses do ano.
O aluguel também deve ficar mais caro em 2022. A saber, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado para reajustes anuais do valor do aluguel, acumulou alta de 17,78% em 2021. Assim, a expectativa é de aumento do aluguel no decorrer deste ano.
Os combustíveis também dispararam em 2021, figurando como um dos maiores vilões da inflação. Em 2022, a variação dependerá da valorização do dólar e do petróleo. Se seguir os passos de 2021, o brasileiro terá mais um motivo para chorar em 2022.
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