A possibilidade de seguir com a bandeira verde na conta de luz até o final do ano é grande. Ao menos é o que indica o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi.
A saber, a entidade é responsável por coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Em coletiva de imprensa, Ciocchi afirmou que, com o volume de chuvas que tem sido observado, a situação atual dos reservatórios das usinas hidrelétricas pode garantir uma maior tranquilidade no país, se comparada à situação de 2021.
Ele acrescenta: “Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no melhor nível desde 2012”.
A expectativa do ONS é de que a capacidade dos reservatórios do SIN possa chegar em novembro, no fim do período seco, com o nível mínimo de 40% e máximo de 60%.
Conta de luz com a bandeira verde
O sistema de bandeiras tarifárias determina o custo real da energia. Em resumo, quando as condições de geração de energia não são favoráveis, é preciso acionar as usinas termelétricas, elevando os custos.
Com isso, cobranças adicionais têm por objetivo cobrir a diferença e também funcionam para frear o consumo.
Vale destacar que quando vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Já na bandeira amarela, o consumidor paga um adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971 e no patamar 2 é de R$ 0,09492.
Além disso, no ano passado, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixa um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.
De acordo com o governo, a medida foi necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.
A saber, ela estava vigente desde setembro de 2021.
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