O mercado de trabalho brasileiro continua se recuperando dos fortes impactos provocados pela pandemia da covid-19. De março a maio deste ano, a taxa de desemprego caiu para 9,8%, menor percentual para o período desde 2015 (8,3%). Contudo, mesmo com os números refletindo uma melhora do setor, ainda havia 10,6 milhões de pessoas desocupadas no Brasil.
Os dados mostram a melhora do mercado de trabalho do país nos últimos meses. Aliás, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil criou 1,05 milhão de vagas formais de emprego entre janeiro e maio deste ano.
A saber, o número é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado (1,16 milhão de empregos). Além disso, o salário médio de admissão também caiu em um ano, passando de R$ 2.010,68 para R$ 1.898,02. E um dos motivos para esse resultado é a profissão que lidera a criação de vagas nos últimos meses no país.
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Setor de serviços se destaca na geração de postos de trabalho
Em resumo, a pandemia afetou fortemente o setor de serviços no país devido às medidas restritivas e ao incentivo ao distanciamento social. Por isso que o setor vem liderando a criação de vagas no Brasil, uma vez que registrou fortes perdas nos últimos tempos.
Veja abaixo as profissões que mais criaram postos de trabalho no país nos últimos 12 meses encerrados em maio:
- Faxineiro: 163.459 vagas;
- Assistente administrativo: 122.511;
- Vendedor de comércio varejista: 119.681;
- Alimentador de linha de produção: 117.033;
- Auxiliar de escritório: 113.387;
- Servente de obras: 103.029;
- Atendente de lojas e mercados: 83.093;
- Auxiliar nos serviços de alimentação: 77.440;
- Atendente de lanchonete: 63.247;
- Motorista de caminhão: 55.493.
A saber, o levantamento foi realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a pedido do portal g1, a partir de dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Previdência.
“O setor de serviços foi o último a reagir e é o que está impulsionando o mercado de trabalho. As empresas reabrindo passam a demandar mais serviços como os de faxina”, explicou o economista da CNC e autor do levantamento, Fabio Bentes.
Sobre a ocupação de faxineiro, que liderou o ranking nacional, Bentes afirmou que os números mostram que os cargos de baixa remuneração e que demandam pouca qualificação estão impulsionando o mercado de trabalho brasileiro.
“É uma profissão importante, essencial, mas do ponto de vista do investimento não é ocupação que irá agregar muito em termos de resultado para a empresa“, disse Bentes.
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