Os motoristas ficaram em alerta máximo depois que uma denúncia alegou que o Detran-SP teve vazamento de dados pessoais de milhões de motoristas. Mas a organização negou que qualquer dado tenha vazado e solicitou que o DEIC investigasse o mais rápido possível. Este é o assunto que hoje vamos apresentar neste artigo.
Vários grupos de hackers têm informações pessoais de motoristas de São Paulo em circulação. Segundo a denúncia anônima, o Detran-SP tem certa responsabilidade nisso. Descubra o que trouxe o caso à tona e se os rumores são verdadeiros ou não.
Alerta aos motoristas: vazamento de dados do Detran -SP?
Tudo começou quando um ciberativista anônimo entrou em contato com um site de agregação de notícias. Este mesmo ciberativista conversou com a equipe deste site e compartilhou alguns insights. Um arquivo contendo informações cadastrais do Detran-SP de milhões de pessoas tornou-se público. Por causa disso, emitiu-se um alerta aos motoristas.
A verdade é que havia muitos dados armazenados em arquivos seguros. Além disso, elaborou-se gráficos para ajudar a dar sentido a todos os dados coletados sobre motoristas e veículos. Entre as informações dos motoristas que vazaram tinham:
- Endereço completo;
- CPF;
- CEP e cidade;
- Renavam;
- Número de identificação do veículo e ano de fabricação.
Estes dados encontram-se disponíveis quando ocorre a verificação dos veículos, bem como as dívidas existentes, no site do Detran-SP. Para tanto, é preciso informar o Renavam e o número da placa. Dezenas de motoristas tiveram seus dados confirmados pelo site que foi consultado para que as informações fossem repassadas. Os nomes dos motoristas não estão listados no portal da Secretaria Estadual da Fazenda.
No entanto, o resto dos detalhes dos veículos estavam corretos. Ou seja, ocorreu uma verificação parcial na qual foi possível validar a precisão dos dados que passam ao site.
O que diz o ciberativista anônimo?
O ciberativista que fez a denúncia afirma que os hackers roubaram dados dos documentos entre 2015 e 2022. Esses detalhes eram uma espécie de “amostra grátis”, pois os conjuntos de dados completos e mais atualizados custavam U$ 30 mil, ou mais de R$ 150 mil.
O banco de dados disponível pode ser prova de que certos indivíduos possuem conhecimento dos motoristas e, por sua vez, podem os explorar para ganhos financeiros. O órgão público deve alertar tanto a autoridade nacional de proteção de dados (ANPD) quanto os legítimos proprietários dos dados quando ocorrer uma violação.
O que deve acontecer agora?
É possível que tenham sido roubados dados cadastrais de outras fontes, como o Denatran ou mesmo o Detran de outra cidade que pode ter tido acesso irrestrito às mesmas informações. Portanto, deve-se calcular o prazo de 48 horas a partir do momento da descoberta da ocorrência.
É difícil dizer se isso é resulta de um abandono, mas especialistas concordam que deve-se tomar medidas cabíveis para indenizar os proprietários. Entre as medidas cabíveis, é preciso fortalecer, portanto, a segurança do site do Detran e do Denatran, para evitar outros roubos de dados de seus cadastros.