Nas últimas semanas vários países, inclusive o Brasil, têm sofrido com o cancelamento de voos, fechamento de lojas e contratações temporárias às pressas. Tudo isso é resultado do surto provocado pela nova variante da Covid-19, a Ômicron, que tem afetado amplamente os setores de comércio, indústria e companhias aéreas, provocando a escassez de funcionários.
Para driblar a situação na tentativa de manter as dificuldades, ainda que em escala reduzida, várias empresas e comércios precisaram readequar os horários de funcionamento das equipes em atendimento. Neste sentido, vários escritórios determinaram o retorno do home office que estava se encerrando gradativamente nas últimas semanas.
Desde a última quinta-feira (06), mais de 500 voos foram cancelados ou reagendados por todo o Brasil. De acordo com informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a associação de montadoras do Brasil, foi identificada a escassez de funcionários diante da contaminação por Covid-19 e gripe, o que também influenciou no adiamento do retorno do trabalho presencial nos escritórios.
Na circunstância do varejo, os lojistas de shoppings clamam pela redução no horário de funcionamento. Enquanto isso, alguns comerciantes têm se empenhado na busca por trabalhadores temporários para suprir as vagas em aberto pelos funcionários afastados.
De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Satélites (Ablos), composta por mais de cem membros e responsável por representar os lojistas satélites, um pedido será entregue aos shoppings para que os horários de abertura sejam reduzidos durante algumas semanas.
A intenção da medida é que, com a redução do tempo de funcionamento, os varejistas tenham mais condições de lidar com a escassez de funcionários que estão afastados após contraírem Covid-19 ou Influenza recentemente e que foram amparados por uma dispensa médica. Enquanto isso, em algumas lojas existem relatos de equipes de funcionários com capacidade o suficiente para atender a todos os clientes.
Para a economia, a má notícia atinge diretamente os setores que dependem diretamente das atividades presenciais, cuja expectativa era para que houvesse uma recuperação vigorosa em 2022. É o caso do setor de turismo, que tem sido amplamente impactado pelo cancelamento de reservas para o carnaval desde que as prefeituras das principais cidades brasileiras decidiram cancelar as festividades em meio ao aumento dos casos positivos para Covid-19.
No setor aéreo, os sinais de alívio com a retomada voltaram a ser afetados após mais de 500 voos serem cancelados e remarcados desde a última quinta-feira. Segundo um levantamento feito pelas companhias aéreas, um total de 646 voos serão cancelados até o próximo domingo (16), acompanhado do aumento de casos positivos para Covid-19 e Influenza, que chegou até mesmo aos pilotos e comissários.