A varejista Via encerrou o quarto trimestre do ano passado com um lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 29 milhões. Este valor representa uma forte queda de 91,4% em relação ao mesmo período de 2020.
Aliás, com o acréscimo deste resultado, a antiga Via Varejo acabou acumulando um prejuízo líquido de R$ 297 milhões em 2021. A saber, este resultado eliminou o lucro de R$ 1 bilhão registrado em 2020.
Por sua vez, o lucro líquido operacional da Via chegou a R$ 125 milhões no quarto trimestre, retração de 73,4% na base anual. Em contrapartida, o indicador teve um crescimento de 32,2% no acumulado de 2021, totalizando R$ 538 milhões.
De acordo com a varejista, o forte tombo do lucro registrado nos três últimos meses do ano passado ocorreu devido a um incentivo de subvenção recorrente, no valor de R$ 88 milhões. No acumulado anual, o incentivo de subvenção totalizou R$ 491 milhões. Vale destacar que R$ 203 milhões deste montante se refere ao efeito de períodos anteriores a 2021.
Veja mais detalhes do desempenho da Via em 2021
Além disso, a varejista revelou que a sua receita líquida encolheu 14,2% no quarto trimestre do ano passado, em relação ao mesmo período de 2020, para R$ 8,12 bilhões. Em todo o ano passado, a receita da Via chegou a R$ 30,9 bilhões, crescimento de 6,9% na comparação com o ano anterior.
Segundo a companhia, as vendas digitais brutas totalizaram R$ 6,56 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 9,9% no comparativo anual. Com isso, o segmento atingiu 55,7% de participação no volume bruto de mercadoria total da Via, avanço de 8,5 pontos percentuais.
Em todo o ano passado, as vendas digitais brutas cresceram 38,9% em relação a 2020, para R$ 26,42 bilhões.
Já as vendas on-line cresceram ainda mais no período (+68%), somando R$ 1,7 bilhão em receita. Nesse caso, o segmento teve participação de 25,8% do total, alta de 8,9 pontos percentuais na base anual.
Por fi, a Via destacou os investimentos recordes realizados em 2021, no valor de R$ 1 bilhão. Em suma, o valor foi mais que o dobro dos investimentos feitos no ano anterior. Aliás, 60% deste montante seguiu para os projetos de tecnologia e logística da empresa. Isso ocorreu para que a varejista tivesse condições de suportar o crescimento da sua digitalização.
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