O Banco Central (BC) ainda não definiu a data de início da segunda fase de consulta ao “dinheiro esquecido”. A saber, a instituição financeira encerrou a primeira fase de consultas, através do Sistema Valores a Receber, em 16 de abril. E a expectativa era que elas retornassem em 2 de maio para os que perderam o prazo.
No entanto, os brasileiros ainda não puderam fazer novas consultas, mesmo após um mês da previsão inicial. Em resumo, a greve dos servidores do BC acabou atrasando a implementação da ferramenta que permitia as consultas. E as pessoas continuam sem poder acessá-la para saber se têm algum “dinheiro esquecido” em bancos ou instituições financeiras.
“A greve dos servidores do BC prejudicou o cronograma de desenvolvimento das melhorias do Sistema de Valores a Receber (SVR). O prazo de retorno do SVR, inicialmente previsto para 2 de maio, será adiado. A nova data será comunicada com a devida antecedência”, informou o BC.
De acordo com o BC, há cerca de R$ 8 bilhões em valores esquecidos, mas, na primeira fase, R$ 4 bilhões ficaram disponíveis para devolução. Saiba de onde vem esse “dinheiro esquecido”:
- Contas-correntes ou de poupança encerradas, mas que ainda tinham saldo disponível;
- Valores cobrados indevidamente de tarifas, parcelas ou operações de crédito;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas em cooperativas de crédito;
- Valores relacionados a consórcios encerrados que não foram sacados.
Valores superam R$ 100 mil
Quando o BC liberou as consultas aos valores esquecidos foi uma verdadeira correria no país. Muita gente fez planos, acreditando que receberia um bom valor. Contudo, a frustração dominou os sentimentos da população, e os brasileiros que ganharam apenas centavos se tornaram símbolos desta ação.
Embora isso tenha frustrado a população, o BC revelou que há cerca de 37 mil cidadãos que possuem valores entre R$ 10 mil e R$ 100 mil em bancos ou instituições financeiras. Aliás, o saldo de outras 1,3 mil pessoas supera os R$ 100 mil, uma verdadeira fortuna.
Por isso, é importante que todos fiquem ligados para saber quando as consultas irão voltar. Assim, não correrão o risco de ficar sem receber o “dinheiro esquecido” nos bancos. E mesmo que o valor seja pequeno, o BC recomenda que os brasileiros o recuperem.
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