A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia informou nesta quinta-feira (19) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve encerrar o ano em 8,1%. Essa taxa supera a última estimativa feita pelo governo, que apontava que o INPC chegaria a 6,7% no final de 2022.
Com a nova projeção, o salário mínimo pode subir para R$ 1.310,17 em 2023. Caso isso ocorra, haverá um aumento de R$ 98,17 em relação ao valor atual (R$ 1.212).
A saber, o aumento do salário mínimo não acompanha a inflação, ou seja, o valor para o próximo ano não representa aumento real para os brasileiros. Isso quer dizer que quem recebe um salário mínimo mensalmente não terá o seu poder de compra alterado em 2023.
Vale ressaltar que o valor proposto é apenas uma projeção para o próximo ano. Em outras palavras, o governo poderá alterar as suas estimativas no decorrer do ano, a depender da inflação registrada no Brasil.
A propósito, a taxa inflacionária do país continua bastante expressiva. No mês passado, a inflação anual chegou a 12,13%, mas a meta do Banco Central (BC) é de apenas 3,5% para 2022. Aliás, o BC elevou neste mês a taxa básica de juro da economia para o maior patamar desde 2017.
Cálculo do salário mínimo se baseia no INPC
Em resumo, o cálculo para correção do salário mínimo leva em consideração o INPC. A taxa acumulada nos últimos 12 meses está em 12,47% e continua mais elevada para as famílias de renda mais baixa.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo possui importância vital para 50 milhões de pessoas no Brasil. Em síntese, o salário serve de referência para estas pessoas, das quais 24 milhões são beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Por falar nisso, a definição do salário mínimo afeta outros importantes benefícios, como aposentadorias e pensões. Além disso, há uma grande repercussão fiscal em torno da decisão, ainda mais num momento em que a saúde fiscal do país se encontra tão debilitada.
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