O valor da produção da silvicultura atingiu R$ 18,8 bilhões em 2020. Esse montante corresponde a uma disparada de 21,3% em relação ao ano anterior. Além disso, o resultado sucede a queda de 5,0% registrada em 2019. À época, a produção da celulose despencou 11,0% e derrubou a silvicultura nacional, encerrou o ano com R$ 4,5 bilhões.
Em resumo, o crescimento do valor da produção em 2020 é tido como uma recuperação da atividade. Os destaques do ano ficaram com a produção do carvão vegetal (37,8%) e a produção de madeira em tora para papel e celulose (25,6%).
De acordo com o gerente de agricultura, Carlos Alfredo Guedes, isso aconteceu devido ao aumento da demanda e dos preços. Ao mesmo tempo, o câmbio favorável para o exterior, com o real acumulando forte desvalorização ante o dólar, tornou os produtos brasileiros mais atrativos.
Estes dados são da pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aliás, o instituto divulgou os dados nesta quarta-feira, (6). Em suma, o levantamento investiga 37 produtos do extrativismo vegetal e sete da silvicultura nos municípios brasileiros.
Veja mais detalhes da pesquisa
Segundo a pesquisa, o valor de produção da silvicultura concentrou 79,8% da produção florestal. Já o extrativismo vegetal respondeu por 20,2%, o que corresponde a R$ 4,8 bilhões, alta de 6,3% em relação a 2019. A saber, a extração vegetal compreende a coleta de produtos em matas e florestas nativas. Inclusive, seis dos nove grupos de produtos pesquisados pelo IBGE tiveram alta em 2020.
Em síntese, a madeira representa 90,1% do valor da produção florestal do país. A propósito, os produtos madeireiros concentram 60,3% da extração vegetal, seguidos por alimentícios (31,6%), ceras (5,3%) e oleaginosos (2,2%). Já entre os produtos extrativos não-madeireiros, o valor das produções que mais cresceu no ano passado foi o de pequi (122,7%) e pinhão (44,5%).
Produção de madeira e carvão vegetal se destacam
Ainda segundo o IBGE, a produção de madeira em tora para papel e celulose alcançou um valor de R$ 5,8 bilhões. Assim, continuou com a maior participação na silvicultura. Já o carvão vegetal ocupou a segunda posição, com um valor de produção de R$ 5,4 bilhões. Nesse caso, a produção cresceu apenas 2,7% no ano.
“Boa parte dos produtos da silvicultura é exportada. Com a desvalorização do real frente ao dólar, fica mais barato para os países comprarem os produtos do Brasil. Esta questão cambial acaba influenciando no valor de produção, pois o aumento do dólar torna o produto mais caro no mercado interno”, explicou o gerente de agricultura, Carlos Alfredo Guedes.
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