O valor da produção da extração vegetal cresceu 6,3% em 2020 na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 4,7 bilhões. Isso aconteceu graças ao avanço de seis dos nove grupos que compõem a exploração extrativista pesquisada.
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2020, divulgou os dados na última quarta-feira (6).
De acordo com o levantamento, o grupo dos produtos madeireiros caiu 0,6% na comparação com 2019. Apesar da queda, o grupo continuou liderando com folga entre os nove segmentos, respondendo por 60,3% do valor da produção do extrativismo nacional.
O IBGE explicou que a produção extrativa vem perdendo espaço ao longo dos últimos anos, principalmente devido à substituição gradativa pela madeira de florestas cultivadas. Por exemplo, em 2019, a silvicultura respondeu por 77,7% do valor da produção florestal, enquanto a extração vegetal ficou em 22,3%. Já em 2020, a silvicultura concentrou 79,8% e a extração, 20,2%.
A propósito, a silvicultura supera o extrativismo em valor de produção desde 2000. Apesar disso, a área de florestas plantadas recuou levemente em 2020. Ao mesmo tempo, houve retração no setor da silvicultura.
Mato Grosso supera Pará e lidera extração de madeira em tora
Entre os produtos madeireiros da extração vegetal, a produção de madeira em tora despencou 6,1% em relação a 2019. Da mesma forma, o valor de produção do grupo também caiu no ano (-4,2%).
A saber, “Mato Grosso ultrapassou o Pará e passou a ser o maior produtor de madeira em tora, com 3,8 milhões de metros cúbicos e alta 2,3% no volume e de 3,7% no valor da produção”.
Em 2019, estes dois estados concentraram quase dois terços da quantidade extraída da madeira em tora. Em síntese, o Pará havia contado com 3,8 milhões de metros cúbicos após alta expressiva de 15,8% na produção e de 18,8% no valor da produção. Esses resultados o fizeram liderar o ranking nacional, mas o estado perdeu o posto para o Mato Grosso em 2020.
Por fim, o Maranhão liderou o ranking nacional da produção do carvão vegetal extrativo, totalizando 103,1 mil toneladas em 2019. Isso correspondeu a 28,0% do total nacional em 2020. Já o valor de produção do estado cresceu 7,4%, atingindo R$ 107,7 milhões.
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