O valor da cesta básica subiu em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em resumo, a maior alta de novembro foi registrada em Brasília, que teve avanço de 17,05%. Campo Grande e Vitória completaram o top três das maiores variações, ao subirem 13,26% e 9,72%, respectivamente. Já Recife figurou como a única capital onde o custo da cesta básica diminuiu (-1,30%). O Dieese divulgou os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos nesta segunda-feira, dia 7.
De acordo com o levantamento, alimentos básicos são aqueles necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês.
Além disso, a pesquisa estimou o valor do salário mínimo necessário. Em resumo, a análise levou em consideração a cesta básica do Rio de Janeiro, que é a mais cara registrada em novembro, custando R$ 629,63. Segundo o Dieese, o salário mínimo deveria ser equivalente a R$ 5.289,53. Em outras palavras, 5,06 vezes o valor do salário mínimo vigente, que é de R$ 1.045,00.
O cálculo é realizado ao considerar que uma família é composta por dois adultos e duas crianças. Em outubro, o valor estimado chegou a R$ 5.005,91, o que equivale a 4,79 vezes o mínimo vigente.
Trabalhador continua comprometendo mais da metade do salário
Ao mesmo tempo, a pesquisa comparou o custo da cesta com o salário mínimo líquido. Ou seja, com os descontos referentes à Previdência Social, que é de 7,5% desde março deste ano, devido à Reforma da Previdência. Dessa forma, o resultado mostra que o trabalhador compromete 56,33% do salário mínimo líquido para comprar alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em comparação com outubro, o valor subiu, já que o percentual ficou em 53,09% do salário comprometido.
Por fim, as capitais pesquisadas são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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