O valor da cesta básica ficou mais caro em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em abril. Isso quer dizer que apenas duas capitais tiveram queda em seus valores.
Em resumo, a maior alta foi registrada em Campo Grande, que teve forte avanço de 6,02%. Na sequência, vieram João Pessoa (2,41%), Vitória (2,36%) e Recife (2,21%). O Dieese divulgou os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos na última sexta-feira (7).
Apesar dos fortes avanços, a cesta básica de Florianópolis liderou o ranking das mais caras do país, custando R$ 634,53. Do outro lado da ponta, como a mais barata do país, ficou a cesta de Salvador (R$ 457,56). Aliás, apenas Salvador (-0,81%) e Belém (-1,92%) tiveram queda em seus preços.
Além disso, a pesquisa estimou o valor do salário mínimo necessário. Em resumo, a análise levou em consideração a cesta básica de Florianópolis, mais cara do país em abril. Nesse caso, o salário mínimo deveria valer R$ 5.330,69. Isso corresponde a 4,85 vezes o valor do salário mínimo vigente, de R$ 1.100,00.
De acordo com o levantamento, alimentos básicos são aqueles necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês. O cálculo considera uma família composta por dois adultos e duas crianças. Em março, o valor estimado chegou a R$ 5.315,74, o que correspondia a 4,83 vezes o mínimo vigente.
Trabalhador continua comprometendo mais da metade do salário
Ao mesmo tempo, a pesquisa comparou o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, com os descontos referentes à Previdência Social, que é de 7,5% desde março do ano passado, devido à Reforma da Previdência.
Dessa forma, o resultado mostra que o trabalhador compromete 54,36% do salário mínimo líquido para comprar alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em comparação com março, o valor subiu, já que o percentual ficou em 53,71% do salário comprometido.
Segundo o Dieese, o tempo médio necessário para que um trabalhador adquira produtos da cesta básica chegou a 110 horas e 38 minutos em abril. Esse valor também superou o de março, visto que, no mês anterior, ficou em 109 horas e 18 minutos.
Por fim, as capitais pesquisadas são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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