O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) revelou que o valor da cesta de consumo básico subiu em sete das oito cidades pesquisadas em janeiro deste ano. Os dados da pesquisa fazem parte da plataforma Cesta de Consumo HORUS/ FGV Ibre.
A saber, o principal avanço do mês foi registrado em Belo Horizonte (4,5%). Aliás, a capital mineira figurou como o único local onde o valor da cesta caiu em dezembro. Na sequência, ficaram Curitiba (3,9%), Salvador (1,8%), Manaus (1,2%), São Paulo (0,9%), Rio de Janeiro (0,5%) e Brasília (0,1%). Assim, o único recuo no mês ocorreu em Fortaleza, onde a taxa caiu 0,4%.
Já em relação a valores absolutos, a cesta do Rio de Janeiro continuou como a mais cara do país em janeiro, custando R$ 818,10. Em seguida, ficaram as cestas de São Paulo (R$ 776,12), Fortaleza (R$ 690,59), Salvador (R$ 662,24), Curitiba (R$ 642,09), Brasília (R$ 634,12) e Manaus (R$ 588,87).
Já a cesta mais barata do país foi novamente a de Belo Horizonte (R$ 544,01), mesmo com o maior avanço mensal.
Legumes e carne bovina impulsionam valor das cestas no mês
De acordo com a pesquisa, o grupo dos legurmes exerceu o maior impacto no valor das cestas básicas em janeiro. Em resumo, este grupo é representado por batata, cebola e cenoura. A maior alta ocorreu em Curitiba (+37,2%), seguida por Belo Horizonte (+20,4%), Salvador (+14,3%), Brasília (+11,9%) e Fortaleza (+10,0%). A única exceção foi São Paulo, onde o preço caiu 1,9%.
A carne bovina também influenciou fortemente o valor da cesta no mês. A saber, a escassez hídrica prejudicou as lavouras de milho e soja do Brasil, bem como as pastagens, utilizados na alimentação do gado. Assim, os custos de produção acabaram subindo e, consequentemente, repassados para o consumidor final.
Os maiores avanços dos preços da carne bovina ocorreram em: Brasília (+9,5%), Belo Horizonte (+6,8%), Curitiba (+6,6%) e Rio de Janeiro (+5,0%). Por outro lado, o valor da proteína caiu em Fortaleza (-6,2%) e São Paulo (-0,1%).
Rio de Janeiro tem a cesta de consumo ampliada mais cara
A pesquisa também revelou que a cesta de consumo ampliada subiu em seis das oito cidades pesquisadas. A saber, esta cesta inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza.
O maior avanço ocorreu em Salvador (+2,5%). Na sequência, ficaram Curitiba (+2,4%), Belo Horizonte (+1,2%), Manaus (+1,0%), São Paulo (+1,0%) e Rio de Janeiro (+0,3%). Em contrapartida, houve recuos em Fortaleza (-0,2%) e Brasília (-0,5%).
Vale destacar que a cesta ampliada mais cara do país também foi a do Rio de Janeiro, custando R$ 1.670,67. Em seguida, ficaram as cestas de São Paulo (R$ 1.610,71), Brasília (R$ 1.426,36), Fortaleza (R$ 1.417,07), Salvador (R$ 1.384,35), Curitiba (R$ 1.376,74) Já os menores valores foram registrados em Belo Horizonte (R$ 1.317,93) e Manaus (R$ 1.17946).
Por fim, o FGV Ibre revelou que os preços que mais subiram no mês foram os de produtos de higiene e limpeza, como amaciantes de roupa e sabonete.
“Além do aumento do dólar, que vem impactando nos insumos utilizados na produção desses artigos, a elevação no preço do petróleo e derivados impacta diretamente nos custos de fabricação de produtos da indústria química”, disse a entidade. A propósito, a pesquisa é realizada em parceria com a Horus Inteligência de Mercado.
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