O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) revelou nesta quarta-feira (12) que o valor da cesta de consumo básico subiu em sete das oito cidades pesquisadas em dezembro de 2021. Os dados desta pesquisa recém-lançada fazem parte da plataforma Cesta de Consumo HORUS/ FGV Ibre.
A saber, o principal avanço do mês foi registrado em Brasília (14,9%). Na sequência, ficaram Manaus (7,8%), Fortaleza (6,8%), Curitiba (4,1%), Salvador (2,3%), Rio de Janeiro (0,7%) e São Paulo (0,1%). Assim, o único recuo no mês ocorreu em Belo Horizonte, onde a taxa caiu 2,7%.
Já em relação a valores absolutos, a cesta do Rio de Janeiro continuou como a mais cara do país em dezembro, custando R$ 830,27. Em seguida, ficaram as cestas de São Paulo (R$ 799,54), Fortaleza (R$ 752,40), Salvador (R$ 688,61), Brasília (R$ 681,87), Curitiba (R$ 664,09) e Manaus (R$ 626,49).
Já a cesta mais barata do país foi novamente a de Belo Horizonte (R$ 527,93).
Café, frutas e legumes impulsionam valor das cestas no mês
De acordo com a pesquisa, o grupo das frutas exerceu o maior impacto no valor das cestas básicas em dezembro. Em resumo, este grupo é representado por banana, maçã e laranja. As maiores altas ocorreu em Brasília (+12,7%), seguida por Belo Horizonte (+5,0%), Manaus (+4,4%) e São Paulo (+4,0%). Por outro lado, as menores variações foram em Fortaleza (+1,4%) e Salvador (+1,6%).
O café em pó também contribuiu com o encarecimento das cestas do país. A saber, o preço disparou 28,8% em Manaus, maior alta registrada no mês. O café também ficou mais caro em todas as capitais pesquisadas, com destaque para Belo Horizonte (+6,6%), Brasília (+5,7%) e Fortaleza (+5,3%).
O grupo dos legumes também disparou no mês. Em resumo, as altas superaram os 10% em quatro cidades: Fortaleza (+22,7%), Manaus (+12,5%), Brasília (+10,2%) e São Paulo (+10,1%). O item também ficou mais caro em Salvador (+7,3%), Rio de Janeiro (+6,2%) e Belo Horizonte (+2,8%). Apenas em Brasília que o preço caiu no mês (-4,1%).
Rio de Janeiro tem a cesta de consumo ampliada mais cara
A pesquisa também revelou que a cesta de consumo ampliada subiu em cinco das oito cidades pesquisadas. A saber, esta cesta inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza.
O maior avanço ocorreu em Brasília (+13,6%). Na sequência, ficaram Fortaleza (+5,0%), Manaus (+3,9%) Curitiba (+3,7%) e Salvador (+2,1%). Já no Rio de Janeiro, a variação ficou nula (0,0%). E houve recuos em Belo Horizonte (-1,5%) e São Paulo (-0,8%).
Vale destacar que a cesta mais cara do país também foi a do Rio de Janeiro, custando R$ 1.753,83. Em seguida, ficaram as cestas de São Paulo (R$ 1.686,49), Fortaleza (R$ 1.583,95), Curitiba (R$ 1.524,29), Brasília (R$ 1.520,39) e Salvador (R$ 1.513,69). Já os menores valores foram em Belo Horizonte (R$ 1.319,80) e Manaus (R$ 1.419,48).
Por fim, o FGV Ibre revelou que os preços que mais subiram no mês foram os de produtos de higiene e limpeza. “Além do aumento do dólar, que vem impactando nos insumos utilizados na produção desses artigos, a elevação no preço do petróleo e derivados impacta diretamente nos custos de fabricação de produtos da indústria química, bem como nas embalagens”, disse a entidade.
A pesquisa é realizada em parceria com a Horus Inteligência de Mercado.
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