O valor da cesta básica ficou mais barato em 9 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em junho. Enquanto isso, oito capitais registraram aumento do valor de suas cestas básicas.
Em resumo, a maior queda veio de Goiânia, cujos preços recuaram 2,23%. Na sequência, vieram São Paulo (-1,51%), Belo Horizonte (-1,49%) e Campo Grande (-1,43%). A propósito, o Dieese divulgou os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos nesta quarta-feira (7).
Por outro lado, entre os avanços, os mais expressivos ficaram com: Fortaleza (1,77%), Curitiba (1,59%) e Florianópolis (1,42%). Com a alta, a capital de Santa Catarina voltou a liderar o ranking das cestas mais caras do país, após cair para a segunda posição em maio ao ser ultrapassada por Porto Alegre.
O aumento registrado em Florianópolis fez o preço da sua cesta básica subir para R$ 645,38. Do outro lado da ponta, a cesta mais barata do país foi novamente a de Salvador (R$ 467,30), seguida por Aracaju (470,97), Recife (R$ 483,92) e João Pessoa (R$ 495,76), únicas com preços inferiores a R$ 500,00.
Além disso, a pesquisa estimou o valor do salário mínimo necessário. Em resumo, a análise levou em consideração a cesta básica de Florianópolis, mais cara do país em junho. Nesse caso, o salário mínimo deveria valer R$ 5.421,84. Isso corresponde a 4,93 vezes o valor do salário mínimo vigente, de R$ 1.100,00.
De acordo com o levantamento, alimentos básicos são aqueles necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês. O cálculo considera uma família composta por dois adultos e duas crianças. Em maio, o valor estimado chegou a R$ 5.351,11, o que correspondia a 4,86 vezes o mínimo vigente.
Trabalhador continua comprometendo mais da metade do salário
Ainda segundo a pesquisa, o Dieese comparou o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, aquele que possui descontos referentes à Previdência Social. Atualmente, a taxa é de 7,5%, e está nesse nível desde março do ano passado, devido à Reforma da Previdência.
Dessa forma, o resultado mostra que o trabalhador compromete 54,79% do salário mínimo líquido para comprar alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em comparação com maio, o valor teve uma leve queda, já que o percentual ficou em 54,84% do salário comprometido.
O levantamento também apontou que o tempo médio necessário para que um trabalhador adquira produtos da cesta básica chegou a 111 horas e 30 minutos em junho. Esse valor também ficou ligeiramente menor que o de maio, visto que, no mês anterior, estava em 111 horas e 37 minutos.
Por fim, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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