O dirigente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou que acha “impossível” que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja considerado inelegível e seja proibido de participar da próxima disputa ao Palácio do Planalto. Contudo, ele listou os filhos do ex-líder do Executivo como alternativas para concorrer. Ademais, também mencionou Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) como opção. As afirmações foram feitas em entrevista à GloboNews.
“Eu acho impossível Bolsonaro ficar inelegível só pois ele falou alguma coisa no passado como presidente. Acho que isso não existe e que ele jamais ficará inelegível. É minha opinião. Mas vamos dizer, pra te atender (a pergunta feita pela jornalista Andréia Sadi): Acho que tem o Flávio Bolsonaro, tem o Eduardo Bolsonaro, tem o Tarcísio, tem muita gente boa”, disse Valdemar.
A respeito de Flávio Bolsonaro, Valdemar destacou que um bom desempenho na corrida pela Prefeitura do Rio de Janeiro pode favorecer para ele ser candidato ao Planalto, se for preciso. Ele tinha sido questionado sobre Michelle Bolsonaro, que, em princípio, não deseja ser candidata. “Tudo pode acontecer daqui a 3 anos. Mas eu vejo por exemplo que, se o Flávio Bolsonaro tiver um desempenho no Rio…. Ele vai ser candidato. Se ganha eleição do Eduardo (Paes, prefeito do Rio), lá é a terra deles…”, argumentou.
Conforme o chefe da sigla, Bolsonaro ficou “arrasado” depois do resultado do 2º turno das eleições, quando foi vencido pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Valdemar ainda disse que pensava que o ex-presidente ia “falecer”. “Ele teve esse problema, ele não conseguiu se dirigir a essa gente, deixou essa gente triste. Muita gente pensava que ele queria que o pessoal continuasse lá”, disse Valdemar sobre o acampamento de bolsonaristas em Brasília.
Valdemar defendeu a utilização de dinheiro vivo por Michelle Bolsonaro
Durante a entrevista concedida à GloboNews, Valdemar também comentou sobre as contas pagas pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, utilizando dinheiro vivo. Ele considerou “normal” os pagamentos e depósitos feitos na conta da mulher do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, bem como na conta dos parentes dela.
O presidente do PL também argumentou que faz a utilização de dinheiro vivo para pagar suas contas. “Eu saco dinheiro da minha conta todo mês e dou dinheiro para minha mulher. Ela paga as contas. Eu não faço PIX e não usava cartão também, só uso quando viajo”, declarou Valdemar. Ainda, segundo ele, é mais fácil utilizar dinheiro vivo do que o PIX, mecanismo de pagamentos instantâneos criado durante o governo de Michel Temer (MDB), mas efetivado durante o governo de Bolsonaro.
“Fico com medo de ficarem fiscalizando e xeretando a minha vida, do que eu faço com o dinheiro ou quanto eu gasto no restaurante”, disse o ex-deputado federal, fechando a fala afirmando que “ser mulher de presidente é um inferno” e que a suspeita sobre Michelle Bolsonaro é “bobagem” e que não deve ter consequências sérias para o futuro da ex-primeira-dama, bem como para Bolsonaro.