A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou suas projeções em relação às contratações temporárias para o Natal em 2022. E a notícia é pouco animadora para quem está buscando uma vaga no mercado de trabalho.
No final de outubro, a entidade estimou a criação de 109,4 mil postos de trabalho pelo varejo brasileiro neste ano. No entanto, a CNC revelou nesta segunda-feira (12) que a estimativa para o número de vagas temporárias criadas caiu para 98,8 mil.
Ainda assim, o resultado é positivo para o mercado de trabalho brasileiro. Isso porque representa uma alta de 1,8% em relação às contratações registradas em 2021. Já na comparação com 2020, ano em que o Brasil mais sofreu com a pandemia da covid-19, o crescimento é de 48%.
Vale destacar que essas contratações temporárias são sazonais, ou seja, ocorrem em determinadas épocas do ano. Como o Natal é a principal data comemorativa para o varejo brasileiro, o aumento das vendas na data e no fim de ano impulsionam a criação de vagas no país.
Aliás, a CNC citou a melhora do quadro sanitário no país como o principal fator para o crescimento das contratações temporárias neste ano. Em suma, quanto melhor esse cenário, maior o número de pessoas em circulação. E, para atender à demanda crescente, a oferta de emprego também cresce.
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Veja os dados de criação de vagas regionalmente
As projeções da CNC também foram feitas regionalmente. Veja abaixo os estados que terão os maiores de criação de vagas temporárias no Natal deste ano:
- São Paul: 26 mil;
- Minas Gerais: 11 mil;
- Paraná: 8 mil;
- Rio de Janeiro: 7 mil.
Estes quatro estados deverão concentrar 52,6% das ofertas de vagas para o Natal de 2022 no país. A CNC explica que os números se baseiam em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), considerando aspectos sazonais das admissões e dos desligamentos no comércio varejista.
Em relação aos ramos do varejo, hiper e supermercados deverão responder pela abertura de 40 mil vagas temporárias, o que corresponde a 43% do total. O ramo de roupas, acessórios e calçados também deverá se destacar neste ano, abrindo 22 mil postos de trabalho (23% do total).
“A manutenção dos juros básicos da economia em patamar elevado por mais tempo tenderá a desfavorecer a aceleração das vendas no início de 2023; isso deve reduzir o dinamismo do mercado de trabalho no setor”, explicou Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa.
Diante dessa projeção, a taxa de efetivação de temporários também deverá vir menor que o estimado anteriormente. A CNC prevê uma taxa de 9,1% de efetivação dos temporários, ante uma taxa de 11,3% em outubro.
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