Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e cotado para ser candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) foi às redes sociais nesta quinta-feira (10) para criticar os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), que comentaram sobre um vídeo no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma que quer dar mais visibilidade ao movimento caso seja reeleito.
Em seu Twitter, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) afirmou que “o ladrão de nove dedos vai tirar sua arma, sua casa e sua liberdade”. “Você que trabalha e produz não vai ter direitos, sabe quem vai ter direitos? O vagabundo que invadiu a sua terra!”, publicou o parlamentar.
Logo na sequência, também no Twitter, Boulos respondeu a postagem e acusou o senador de ter feito “rachadinha com Fabrício Queiroz”, de ter comprado uma “mansão de R$ 6 milhões sem explicar a fonte” e também de indicar seu advogado ao Ministério da Justiça.
“E acha que tem moral para chamar alguém de vagabundo. Logo você, Flávio Bolsonaro, o maior v@gab#ndo da República, que faz rachadinha com o Queiroz, compra mansão de seis milhões sem explicar a fonte e indica seu advogado para uma boquinha no Ministério da Justiça”, publicou Boulos.
Em outro momento, o político comentou uma declaração de outro filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL). O deputado afirmou que, mesmo “sem estar na presidência” Lula negocia “propriedade que não é dele em troca de apoio de Boulos. Imagine o que não prometeu sobre ministérios e estatais”, disse o parlamentar.
“Você não é aquele moleque que queria ganhar uma embaixada de presente do papai, Eduardo Bolsonaro? Lava a boca para falar do MTST, Bananinha!”, respondeu Boulos em sua conta do Twitter.
Boulos e Lula
Toda a repercussão envolvendo os filhos do presidente, Lula e Boulos, acontece por conta de um vídeo em que o ex-chefe do Executivo afirma ter uma “gratidão muito grande” ao MTST pelo apoio que recebeu do grupo no período em que era investigado e foi preso na Operação Lava Jato.
Lula afirmou que o movimento não será “coadjuvante” em seu governo e participará das decisões sobre habitações. “Se a gente voltar a governar esse país não pense que vai ter moleza não. Nós vamos nos encontrar muitas vezes. Para discutir a qualidade da casa, como gerenciar essas casas, e vocês irão assumir responsabilidades”, completou.
Por fim, o presidente ainda conta ter conversado com Boulos sobre assuntos como projetos “abandonados” e sobre o Minha Casa Minha Vida, que de acordo com o petista, “parou”. “Eu conversei com o companheiro Boulos sobre a situação que estamos fazendo agora. Muitos projetos de casas foram abandonados. O Minha Casa Minha vida parou”, finalizou o ex-presidente.
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